Dançarinas carecas e descalças são o diferencial desta inovadora versão de O lago dos cisnes, destaque da competente companhia sueca. Concebida em 1987 por Mats Ek, a releitura da famosa coreografia não se limita a fazer troça de um dos mais conhecidos balés clássicos de todos os tempos. A exemplo de outras inspirações vigorosas, como Giselle, passado num manicômio, e Carmen, no qual a sevilhana aparece o tempo todo fumando um grande charuto – ambas já apresentadas no Brasil –, Ek atualiza a história do príncipe que se apaixona por uma princesa transformada em cisne, realçando seu subtexto psicanalítico. Mas, para alívio dos mais puristas, mantém na íntegra a belíssima música de Tchaikovsky, sempre uma atração à parte. (Ivan Claudio)
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