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Em julho de 2013, quando o escândalo do cartel de trens em São Paulo foi denunciado nas páginas de ISTOÉ, o governador Geraldo Alckmin posou de vítima. Prometeu punir as empresas e funcionários públicos envolvidos no esquema, disse que cobraria o ressarcimento aos cofres públicos e criou uma comisão composta por representantes da sociedade civil para ajudar nas investigações. Passados quase dois anos, nada andou. As empresas que se locupletaram com milhões de reais do dinheiro público continuam atuando em obras estaduais, servidores não foram punidos, apesar de a Polícia Federal ter indiciado 33 pessoas por corrupção ativa e passiva, nem um centavo desviado retornou aos cofres do Estado e faz um ano que a apuração interna da Corregedoria-Geral do governo está literalmente parada. Desde fevereiro de 2014 nada é investigado e ninguém é chamado para depor. “Eles, do governo, é que não deram prosseguimento às nossas sugestoes”, afirma Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, que participa do grupo montado por Alckmin.

Foto: Joel Silva/Folhapress