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Henrique Meirelles (esq.) e o ex-presidente Lula

Cotado para a vaga de Graça Foster no comando da Petrobras, o ex-presidente do BC Henrique Meirelles já disse “não, obrigado”. Há cerca de um mês, ele foi sondado por emissários do Palácio do Planalto a pedido de Lula. Agradeceu o convite, mas argumentou que havia “um mundo desgovernado” na estatal e que “seria muito difícil descontaminar o futuro do presente”.

Já não é a primeira vez que Meirelles recusa participar do governo Dilma. No ano passado, ele também foi sondado para o Ministério da Fazenda, mas achou que não teria autonomia para trabalhar. O ex-presidente Lula ainda sonha em vê-lo na Petrobras e fará nova tentativa até o fim da semana.

A demissão de Graça só foi anunciada ontem e tem sido tratada pelo governo como “renúncia”. É fato que ela colocou seu cargo à disposição ao menos duas vezes antes, mas Dilma insistiu em mantê-la. Nas discussões sobre a reforma ministerial, Lula decretou que não havia mais volta e era necessário arrumar um substituto com aval do mercado.

Antes de sair, porém, Graça deveria assumir o ônus da divulgação do balanço da companhia, no qual admitiu que os ativos da estatal estariam inflados em R$ 88,6 bilhões.

Por Claudio Dantas Sequeira

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