Amantes do alpinismo têm tudo para amar o visual de Limite vertical (Vertical limit, Estados Unidos, 2000) – em cartaz nacional na sexta-feira 9 –, uma aventura nas alturas, pretensamente passada no pico K2, segunda maior montanha do mundo, localizada no Himalaia. Mas quem está atrás de uma boa história deve ficar longe de seus penhascos gelados. É no rigor do frio, do ar rarefeito e das nevascas que acontece a história desconfortável e previsível de Peter Garrett (Chris O’Donnell), ex-alpinista que participa de uma expedição para libertar a irmã Annie (Robin Tunney), aprisionada numa caverna a oito mil metros de altura, depois de uma malsucedida tentativa de escalar o K2.

Além da ameaça das condições climáticas, Annie precisa também se libertar das garras do vilão Elliot Vaughn (Bill Paxton), milionário texano que divide com ela e mais outro alpinista o buraco no gelo – Vaughn colocou um monte de gente numa enrascada ao querer fazer um comercial no topo da montanha. Limite vertical poderia ser uma aventura com bons dramas paralelos. Mas não passa de uma tragédia na qual sobram cenas de avalanches e de pessoas dependuradas nas rochas. Funciona apenas como diversão para masoquistas.