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Se vencer hoje a disputa pela presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) receberá a Casa de “porteira fechada”. Esta é a avaliação que fazem deputados do PT, preocupados com a hegemonia conquistada por Cunha na formação dos blocos, na tarde de hoje (1º). O candidato do PMDB conseguiu reunir 218 parlamentares de 14 partidos. A candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) formou bloco de 160 deputados de cinco partidos e Júlio Delgado (PSB-MG) agregou 106 colegas de quatro partidos.

O bloco majoritário de Cunha exclui a possibilidade de o PT ter assento na Mesa Diretora. Na última legislatura, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) foi eleito, mas a vice-presidência ficou com o PT. Ao reunir a vasta gama de legendas o bloco do peemedebista tende a controlar também a presidência de todas as comissões permanentes da Casa. O cenário preocupa os petistas. No comando da Mesa e alçado à posição de líder do bloco que distribuirá o controle das comissões, nenhuma pauta escapará ao crivo de Cunha.

Enquanto os deputados costuram ajustes finais, o Senado deu início à votação da disputa pela presidência. Os senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato à reeleição, discursaram pedindo o voto dos colegas. O catarinense foi aplaudido por servidores, no plenário. A política de austeridade do presidente do Senado nos últimos dois anos o indispôs com os funcionários. Por isso, Luiz Henrique conta com uma claque espontânea nas dependências do Senado.

*Por Josie Jeronimo

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