Seis milhões de judeus morreram sob os chuveiros de gás dos campos de concentração nazistas nos seis anos que durou a Segunda Guerra Mundial. Para se ter ideia do que foi o campo de Auschwitz, somente nele um milhão e 100 mil pessoas foram assassinadas. Na terça-feira 27 comemoraram-se os 70 anos da libertação de Auschwitz pelas tropas soviéticas. Ao lado de diversos chefes de Estado, 300 sobreviventes estiveram no antigo campo com o idêntico temor: o recrudescimento do sentimento antissemita. “Estamos velhos. Talvez essa seja a última vez que nossas vozes são ouvidas no alerta ao antissemitismo”, disse um dos sobreviventes de 89 anos. Sua referência aos recentes atentados em Paris faz sentido porque é impossível a um sobrevivente de Auschwitz não tê-los em mente quando pisa hoje o chão de seu inferno do passado.