Irão debutar no tapete verde da Câmara, esta semana, quatro parlamentares que, além de cerrarem fileiras no mesmo partido, o PSDB, têm em comum o fato de carregarem sobrenomes tradicionais no tucanato. Para conquistarem uma cadeira no Parlamento, eles contaram na campanha eleitoral de 2014 com a portentosa estrutura partidária, nem sempre a serviço de todos os candidatos, e o fundamental apoio familiar. Como resultado, receberam uma grande votação em seus respectivos Estados. Agora, tentarão trilhar caminho próprio e dar continuidade ao legado político herdado. São eles, os deputados Arthur Virgílio Bisneto (AM), Bruno Covas (SP), Pedro Cunha Lima (PB) e Pedro Vilela (AL).

Arthur Bisneto foi proporcionalmente o deputado federal mais bem votado do País. Para conquistar os mais de 250 mil votos, Bisneto recebeu a ajuda crucial de seu pai, Artur Virgílio Neto. Durante a campanha, o atual prefeito de Manaus e ex-líder da sigla no Senado tornou-se o principal cabo eleitoral do filho, marcando presença nos palanques e no horário eleitoral gratuito. “Meu maior professor é meu pai”, reconhece Bisneto. “O legado ajuda muito. Estou ciente da responsabilidade que carrego”, acrescentou.

"Meu maior professor é meu pai. O legado é importante e
estou ciente da responsabilidade que carrego”

Arthur Bisneto, filho de Arthur Virgílio, prefeito de Manaus 

Neto do ex-governador Mário Covas, Bruno Covas – dono de 350 mil votos – foi o deputado federal mais votado pelo PSDB em São Paulo. Apesar de não contar com a presença do avô, morto em 2001, na campanha, e já ter construído uma trajetória como parlamentar em São Paulo, Bruno admite que grande parte de seu eleitorado ainda é herança do ex-governador. “É evidente que Mário Covas é meu maior exemplo, portanto, ter o reconhecimento da população sobre o trabalho que realizamos, minha equipe e eu, é o jeito correto de reverenciar a memória dele”, disse Bruno à ISTOÉ.

Seguindo a mesma toada dos herdeiros tucanos, Pedro Cunha Lima, 26 anos, filho do senador Cássio Cunha Lima e neto do falecido Ronaldo Cunha Lima, foi o candidato a deputado federal mais bem votado da Paraíba. Para eleger o filho com 180 mil votos, Cássio emprestou toda sua influência e força política. Durante a corrida eleitoral, pai e filho estiveram juntos, já que Cássio concorria ao governo mais uma vez. Apesar de derrotado no segundo turno, o senador aproveitou sua popularidade para alavancar a candidatura do filho. Em Alagoas, quem carregará a responsabilidade do sobrenome será o deputado Pedro Vilela. Neto de Teotônio Brandão Vilela e sobrinho de Teotônio Vilela Filho, ex-governador de Alagoas, Pedro foi eleito com quase 120 mil votos numa campanha em que não se furtou em sublinhar suas origens. Como os três colegas de partido, Vilela terá a missão de honrar o DNA tucano.

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PSDB NA VEIA
Os deputados Arthur Virgílio Bisneto, Bruno Covas,
Pedro Cunha Lima e Pedro Vilela estreiam
esta semana como deputados federais

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