O governador do Maranhão, Flávio Dino, mexeu com uma das partes mais sensíveis da família Sarney: a fundação que leva o nome do ex-governador maranhense, ex-senador e ex-presidente do Brasil. Dino nomeou um administrador para o acervo, afastou os Sarney do centro das decisões e reduziu o espaço físico que a entidade ocupa. Composta de cerca de 45 mil peças, a Fundação José Sarney tem valor inestimável para a memória republicana do País. Não pode, no entanto, ser mantida ao custo anual de R$ 3,6 milhões aos cofres públicos, e é isso que o atual governador Dino quer extinguir. Quando nasceu, a fundação era mantida por investimentos privados, a exemplo da Fundação Getulio Vargas, do Instituto Fernando Henrique Cardoso e do Instituto Lula, para citar três também ex-presidentes. Em 2011 a então governadora Roseana Sarney a transferiu para a guarda do Estado e, de lá para cá, os custos aumentaram em 295%. Sarney mandou um recado a Dino: “Se não quiserem, devolvam-me”.