A sueca Anita Ekberg se imortalizou em 1960 interpretando Sylvia Rank em um dos maiores clássicos da história do cinema: “La Dolce Vitta”, de Federico Fellini. Como esquecer Bogart, todo canastrão, sentenciando (e mentindo de tanto exagero) “teremos sempre Paris”? Pois bem, como esquecer Anita se refrescando na Fontana di Trevi? É justamete essa exacerbação do dramático ou da felicidade nas telas que imortaliza Anita Ekberg, atuante em 64 filmes, entre eles “Boccaccio ‘70”, “Os Palhaços” e “Entrevista” (todos de Fellini). Ela morreu em Roma no domingo 11, aos 83 anos (causa da morte não revelada). Para os que consideram cinema arte e não mera diversão fácil, Anita Ekberg na Fontana di Trevi é como Rita Hayworth descalçando uma luva em “Gilda” – uma luva, e eis o strip-tease de maior estilo, classe, sensualidade e imaginação exibido até hoje numa tela. Anita na fonte é imagem de cinema que virou pintura.