Mais do que punir criminosos, a Polícia Civil, o Ministério Público e a Justiça do Rio de Janeiro deram na semana passada um importante passo rumo ao tratamento isonômico que tem de ser dispensado a quem comete crimes, sejam os autores policiais militares ou não. Os PMs Marcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira patrulhavam a Baixada Fluminense quando desconfiaram de um carro ocupado por um rapaz e três moças. Sinalizaram da viatura para o automóvel estacionar, mas o veículo nem sequer diminuiu a velocidade. Os PMs iniciaram então a perseguição só que de repente Watterlor disparou dez tiros de fuzil contra o carro – um dos projéteis atingiu e matou a jovem de 22 anos Haíssa Vargas Motta. Watterlor Alves e Moreira Ferreira foram imediatamente indiciados e denunciados por homicídio doloso, com as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Desde a manhã da quinta-feira 15 estão presos.