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Tudo bem que ele não é mais o campeão do UFC, o melhor lutador peso por peso do maior campeonato do mundo de MMA, mas seguramente Anderson Silva ainda é o figurão do pedaço. Com sorriso largo e muito gingado, o lutador dança break e funk com a família em “Spider Life Show”, um reality sobre a sua vida com duração de dois meses e que estreou na semana passada em seu canal oficial no YouTube. Na Globo, ele será, em breve, um dos treinadores da quarta edição do “The Ultimate Fighter Brasil”, espécie de peneira televisiva de novos lutadores. Mas o maior termômetro de que o moral do brasileiro anda em alta é, após um ano afastado para se recuperar da fratura sofrida na perna esquerda em seu último combate, em 2013, o anúncio de que ele irá disputar o cinturão dos médios, caso vença o confronto que marca o seu retorno ao octógono, no próximo dia 31, contra o americano Nick Diaz.

A três meses de se tornar quarentão e com pelos brancos salientes sempre que ele resolve encarar um cavanhaque, Silva – que nas férias forçadas cuidou de afazeres domésticos como internet sem sinal e geladeira com defeito, fez aulas de interpretação e um curso na academia de polícia de Los Angeles para se tornar policial e poder ministrar aulas de artes marciais dentro da corporação – topou um contrato de mais 15 lutas com o UFC. Uma surpresa para os que apostavam em sua aposentadoria, como Kalyl, 17 anos, um de seus cinco filhos. “Pai, já deu, não precisa provar mais nada a ninguém, chega!”, disse-lhe o jovem. Silva, porém, foi guerreiro diante do revés físico e emocional. “No primeiro mês depois da cirurgia, tive dores todos os dias”, recorda-se. “Houve noites em que acordei e pedi para a minha esposa me colocar dentro do carro, para eu chorar na rua. A dor era in-su-por-tá-vel e não queria assustar meus filhos.”

Silva passou sete anos invicto defendendo o cinturão dos médios até ser nocauteado pelo americano Chris Weidman, em julho de 2013. Na condição de ex-campeão, o lutador está de novo de olho no título. “Ser campeão não é difícil. Difícil é se manter campeão durante muito tempo e entender a responsabilidade de estar nesse posto”, afirma o Aranha, como o lutador é conhecido, à ISTOÉ.

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Foto: Rafael Hupsel/ag. Istoé