12/12/2024 - 10:02
São Paulo, 12 – A produção brasileira de grãos na safra 2024/25, em fase de plantio, deve alcançar 322,42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 8,2%, ou seja, 24,48 milhões de t amais em comparação com a temporada anterior 2023/24 (297,94 milhões de t. Caso o resultado seja confirmado, esta será a maior safra registrada na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números fazem parte do terceiro levantamento da safra de grãos da estatal, divulgados nesta quinta-feira, 12. Em comparação com a previsão anterior (322,53 milhões de t), do mês passado, o volume de produção ficou praticamente estável.
Já com relação à área, a expectativa é que sejam semeados 81,39 milhões de hectares na atual safra, somando todos os ciclos de produção, o que corresponde a uma adição de 1,45 milhão de hectares em relação à temporada anterior, ou aumento de 1,8%. A produtividade média deve crescer 6,3%, passando de 3.727 kg/ha em 2023/24 para 3.961 kg/ha na atual temporada.
O presidente da companhia, Edegar Pretto, disse em comunicado: “As chuvas ocorridas até o momento favorecem as lavouras nos principais Estados produtores. Em alguns locais tivemos curtos períodos de falta de chuva, mas não o suficiente para influenciar na estimativa de um novo recorde na produção brasileira de grãos”.
Segundo a Conab, a semeadura da soja entra nos estágios finais e nesta semana o índice de plantio atingiu 94,1% dos 47,37 milhões de hectares destinados para a oleaginosa, como indica o Progresso de Safra publicado pela companhia. “O clima tem contribuído para a instalação e o desenvolvimento da cultura em grande parte dos Estados produtores, destacou. Em algumas regiões de Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Tocantins e Maranhão foram registrados curtos períodos de falta de chuva. Ainda assim, as condições climáticas são favoráveis e é esperada uma produção de 166,21 milhões de toneladas, uma alta 12,5% em relação ao volume colhido em 2023/24 (147,72 milhões de t).
Para o milho, a previsão é de uma produção total de 119,63 milhões de toneladas, 3,4% acima da safra anterior (115,70 milhões de t). Apenas no primeiro ciclo do cereal, é esperada uma colheita de 22,61 milhões de toneladas, queda de 1,5% ante 2023/24 (23 milhões de t). “A semeadura da primeira safra do cereal já ultrapassa 70% da área e as condições climáticas, nas principais regiões produtoras, favorecem as lavouras”, destacou. A segunda safra, que será plantada em 2025, deve atingir 94,63 milhões de t, aumento de 4,8% ante 2023/24 (90.26 milhões de t).
A Conab prevê, ainda, uma elevação de 3% na área destinada ao cultivo de algodão, com o plantio atingindo aproximadamente 2 milhões de hectares, o que resulta em uma estimativa de produção de pluma em 3,69 milhões de toneladas, leve queda de 0,2% ante a temporada anterior (3,70 milhões de t).
Com crescimento de 9,8% na área destinada para o arroz, estimada em 1,77 milhão de hectares, o plantio da cultura também avança e já chega a 86,6%. De acordo com o levantamento da Conab, é esperado um incremento de área tanto no cultivo do arroz de sequeiro quanto sob irrigação. Com isso, a produção está estimada em torno de 12,06 milhões de toneladas do grão (10,59 milhões de t em 2023/24).
No caso do feijão, é esperado um crescimento de 1,7% na área, estimada em 2,9 milhões de hectares. O maior incremento na área é esperado no primeiro ciclo de plantio da leguminosa, podendo chegar a 907 mil hectares, e a semeadura já atinge 60,5%. A produção total (são três safras a cada temporada) também deve crescer 3,5% com expectativa de atingir volume em torno de 3,36 milhões de toneladas (3,24 milhões de t em 023/24). A primeira safra de feijão pode alcançar 1,045 milhão de t ante 942,3 mil t na safra anterior.
Inverno
A Conab ressaltou, ainda, que a colheita das lavouras de inverno da safra 2024 caminha para a sua finalização, com a conclusão prevista para meados deste mês. Para o trigo, principal produto cultivado, a estimativa é de uma colheita de 8,06 milhões de toneladas, redução de 0,4% do resultado obtido na safra anterior.
“Essa menor produção foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,1% na área de plantio dos Estados da Região Sul, que representam 85,4% da área ocupada com trigo no País, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná”, concluiu a estatal.