Desde a terça-feira 6 os EUA têm um Congresso controlado pelo Partido Republicano – ou seja, majoritariamente conservador. Será essa a trincheira na qual o presidente democrata Barack Obama terá de lutar para aprovar as suas reformas, mas será essa também a arena em que os próprios republicanos terão a difícil missão de conter correligionários mais radicais e alcançar a unidade partidária com olhos na eleição à Presidência do país no ano que vem. Se a Obama caberá o jogo de cintura de governar com um Congresso conservador, também a maioria dos congressistas precisará fazer concessões para que os republicanos deixem de ser chamados de “partido do não” – esse rótulo não funcionará nas urnas em 2016, conforme já declarou o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell. Os republicanos não facilitarão a vida de um Obama que já se viu obrigado a recorrer a decretos para colocar em moratória a deportação de imigrantes ilegais e para reatar relações diplomáticas com Cuba.