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VELHOS MONSTROS
De acordo com a organização do Monsters of Rock, o público
roqueiro, como o da banda Kiss, é muito mais educado que
as plateias de bandas pop emergentes

Se fosse preciso escolher uma trilha sonora para 2015, com certeza seria um bom e velho rock’n’ roll. O Foo Fighters abre o ano com sua primeira turnê pelo País, entre os dias 21 e 28 deste mês – para a qual os ingressos estavam nos últimos números até o fim da semana passada. Para quem gosta mais dos clássicos, o vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, estará no Lollapalooza, em São Paulo. Ele é apenas uma das 46 atrações roqueiras do festival realizado em março. Entre as demais presenças estão Jack White e Pitty, ansiosa não só para se apresentar, mas também para garantir o seu lugar na plateia. “Vai ser muito legal levar a nova turnê para um público grande e diversificado, além de tocar com artistas que a gente adora, como ­Molotov e Smashing Pumpkins.”

Janeiro também é o mês de aniversário de 30 anos do Rock in Rio. Para comemorar, a organização do evento a ser realizado em setembro, na Barra da Tijuca, está sondando bandas que se apresentaram na primeira edição de 1985, nomes que permanecem em segredo. Já estão confirmados Katy Perry, A-ha, System of a Down e Queens of the Stone Age. O empresário Roberto Medina lembra a dificuldade que encontrou no início para recrutar bons artistas: “Bati de porta em porta”. Hoje, mesmo com o Brasil inserido no circuito mundial da música, o trabalho ainda é árduo, mas consegue até se dar a alguns luxos. Sucesso na edição de 2011, a banda de metal Slipknot segue em negociações para completar o line-up. Já a famosa Guns N’ Roses continua banida do festival depois de um atraso absurdo em 2011. Medina garante que não voltará atrás na decisão.

Para quem gosta de rock pesado, o festival Monsters of Rock vai reunir em abril lendas como Ozzy Osbourne, Motörhead e a banda Kiss, que já tem mais de 40 anos de formação. Apesar do nome (em português significa “monstros do rock”), o produtor e realizador do evento, Muniz Netto, garante que o público metaleiro é extremamente educado, formado em sua grande parte por famílias, e diz que não só os fãs são melhores no trato: “É muito mais difícil lidar com o ego de artistas pop emergentes do que com os astros do metal”. Rixas estilísticas à parte, todos concordam em uma coisa: o ano promete boa música.

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Fotos: Divulgação