A divulgação, na última edição de ISTOÉ, dos surpreendentes diálogos travados entre o senador Antônio Carlos Magalhães, seu secretário, Fernando Cesar Mesquita, e os procuradores da República Eliana Torelly, Guilherme Schelb e Luiz Francisco de Souza provocou grande rebuliço, perplexidade e indignação. Foram muitos os que deram mais importância às fitas do que ao conteúdo delas. Perguntava-se: Como ISTOÉ teve acesso às gravações? Quem gravara? Como gravara? Contribuiu para a confusão o fato de o procurador Luiz Francisco de Souza ter pisoteado as fitas depois de desentendimentos com seus pares. Mas uma delas, gravada pelo procurador em condições adversas e por ele classificada de “inaudível”, foi entregue ao competente e renomado perito em fonética forense Ricardo Molina. O resultado do trabalho está à pág. 24, na reportagem de capa assinada por Mario Simas, Andrei Meireles e Mino Pedrosa. Os três pertencem ao primeiro time da revista, tendo sido Mino, com os jornalistas Augusto Fonseca e João Santana, o grande responsável pela história do motorista Eriberto, capa da ISTOÉ de 8 de julho de 1992, que acabou por derrubar o presidente Fernando Collor, mudando os rumos da História do Brasil.