Diretora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage desde agosto deste ano, a curadora Lisette Lagnado está colocando em prática uma gestão em que os conceitos de curadoria e educação estão intimamente relacionados. Para as atividades de verão da escola que há 40 anos representa o mais importante centro de formação e pesquisa artística do Rio de Janeiro, Lisette concebeu uma programação inspirada na história musical do palacete onde está sediada. Tombado como patrimônio histórico e paisagístico nacional, a mansão foi construída em 1920 pelo armador brasileiro Henrique Lage para sua esposa, a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni.

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Adotando a linguagem musical como tema, o programa será formado por uma “ária” – a palestra inaugural do artista Tunga –; alguns “duetos” – palestras e oficinas com duplas de artistas –; um “trio”, composto pela artista Luiza Baldan e os arquitetos urbanistas Pedro Rivera e Paula Oliveira Camargo; e um “quinteto”.

O encerramento do programa será um ritual orquestrado pelo artista Aderbal Ashogun, sacerdote do candomblé, percussionista e gestor ambiental, que será responsável ainda por uma oficina sobre a transcendência como experiência artística e uma série de atividades ligadas à cultura afro-brasileira.