Vistoria realizada pelo promotor Flávio Gomes da Costa, do Ministério Público Estadual, no maior cemitério público de Maceió, o São José, flagrou cachorros roendo ossadas humanas, covas rasas (com corpos à mostra) e restos humanos espalhados em vários locais. “Este lugar pede socorro”, disse o integrante do MP. “Não existe respeito alguma à memória dos mortos”, completou.

A vistoria faz parte de uma lista de ações, que será pedida pelo promotor à Prefeitura de Maceió. O cemitério está interditado desde 14 de novembro por conta da situação classificada como “precária”. Novos enterros não podem ser realizados.

“Muitas covas estão sem identificação, já que as famílias quando enterram não fincam as cruzes com os dados dos mortos, como nomes e datas. Com isso, fica impossível saber se no local há alguém enterrado ou mesmo de quem se trata”, disse o coveiro José Cícero, que acompanhou o promotor na vistoria.