A apresentação do mascote e a escolha de um vinho oficial são os sinais mais visíveis de que a próxima Copa do Mundo vai acontecer na África do Sul. Primeira nação africana a sediar um Mundial de futebol, em 2010, ela tem sido alvo de especulações sobre se conseguiria terminar as obras dos estádios a tempo. Temor desmentido por Kgalema Motlanthe, que assumiu a Presidência interinamente no final de setembro. Afinal, essa é uma grande oportunidade para o país se firmar como importante rota turística. E atrativos não faltam para que assuma esse posto: animais selvagens, praias paradisíacas, a bela Cidade do Cabo e, mais recentemente, os bons vinhos devem conquistar os dez milhões de visitantes esperados no ano da Copa.

Por isso, a escolha de Zakumi, um leopardo, como mascote do campeonato. O leopardo é o mais raro dos cinco animais que podem ser avistados nos safáris, passeio obrigatório para quem viaja ao país. Junto com os leões, elefantes, rinocerontes e búfalos, eles estão distribuídos pelos vários parques nacionais e pelas reservas particulares. Nestas últimas, os turistas podem se hospedar em lodges com quartos confortáveis e decorados ao estilo da paisagem africana, com direito a jantar à luz de velas e cardápio com iguarias locais, como saborosas lingüiças feitas com carne de antílope. Mas o maior programa são as saídas de jipe em busca desses animais, escondidos em meio a girafas, zebras e javalis. A estada nessas reservas inclui outras opções de lazer imperdíveis, como viajar pelas savanas nas costas de um elefante ou a bordo de um balão. No final do percurso, há um brinde com espumante sul-africano, é claro.

Os vinhos são outro atrativo. O setor vitivinícola ganhou novo fôlego nos anos 90 e seus rótulos vêm conquistando destaque internacional. Aqui, a Copa também servirá como vitrine. A vinícola Nederburg, do grupo Distell, já criou o Twenty 10, o vinho oficial do evento, que deverá chegar ao mercado local em novembro e, ao Brasil, em fevereiro de 2009. Estranhamente, não é a tinta e rústica Pinotage, sua uva-símbolo, a escolhida para brindar o Mundial. O vinho da Copa, cujo rótulo será definido neste mês, será feito com a internacional Cabernet Sauvignon (nas versões tinto e rosé) e com a Sauvignon Blanc (no branco).

As vinícolas mais tradicionais, com sua arquitetura colonial holandesa, estão concentradas ao redor da Cidade do Cabo, um dos principais destinos turísticos. A cidade está distribuída aos pés da imensa Table Mountain, que, como o nome diz, é uma montanha em forma de mesa e o grande cartão-postal da localidade. Ao atingir seu ponto mais alto, seja pelo moderno teleférico giratório ou por meio de trilhas, a semelhança com o Rio de Janeiro é inevitável. Praias deslumbrantes cercam a cidade, considerada uma das mais belas do mundo. Outro destaque é o Victoria & Alfred Waterfront, um complexo de lojas, restaurantes, bares e hotéis de luxo, erguido num antigo porto reformado. É de lá que saem barcos rumo a Robben Island, ilha onde está a antiga prisão, agora museu, em que o ex-presidente Nelson Mandela passou boa parte de seus 27 anos de detenção. À noite, o Waterfront revela-se uma boa opção para jantar. Seus restaurantes têm adegas recheadas, serviço de primeira linha e ambiente moderno. É preciso ainda guardar um dia para visitar o Cabo da Boa Esperança, o ponto mais ao sul da África, considerado um marco entre os oceanos Índico e Atlântico. No caminho, Simon’s Town é parada obrigatória. A praia da pequena cidade é famosa por abrigar pingüins. Como se vê, atrações não faltarão nos intervalos dos jogos da Copa.

Reserva privada Kapama
Lodge, Limpopo
(+ 27/12 368-0600, www.kapama.co.za)
Diárias a partir de R$ 519

Cape Royale, Cidade do Cabo
(+ 27/21 430-0500, www.caperoyale.co.za)
Diárias a partir de R$ 922

Passeios imperdíveis:

De balão
(Otters Den, + 27/ 15 795-5488, www.ottersden.co.za)
Preço: R$ 553

De elefante
(Kapama Lodge)
Preço: R$ 265