Alan Rodrigues
A estudante Camila Bissoli não sentiu dor com o laser

A tecnologia é o maior aliado de quem sonha ter um sorriso digno de campanha publicitária de creme dental. A procura por tratamento estético vem aumentando nos grandes centros urbanos. O branqueamento da arcada dentária é feito por pacientes que podem pagar mais de R$ 1 mil pela obra. Em São Paulo, a clínica Brite Smile, um centro exclusivo para clareamento dental com uso de laser, foi inaugurada em agosto. É o primeiro passo de um projeto de US$ 1 milhão, bancado por empresários, que pretende chegar a mais dez capitais dentro de dois anos.

Popular nos Estados Unidos, o tratamento de clareamento a laser é mais rápido do que o método tradicional, que requer até 15 dias para apresentar bons resultados. Por isso, é muito procurado por artistas de tevê, noivas e até fumantes. Para “fazer” uma arcada (superior ou inferior) com o laser basta uma hora. “Protegemos a boca e a língua com um molde. Colocamos na arcada um gel com uma substância clareadora. O raio ativa o produto, que atinge até 85% de seu potencial de clareamento. Sem o laser, o gel só teria 11% de sua capacidade aproveitada”, diz o dentista Aldo Brugnera Júnior, que comanda a Brite Smile. No tratamento convencional, o paciente usa durante quatro horas por noite um molde na boca, onde é distribuído o gel clareador.

Para a estudante Camila Bissoli, 20 anos, o método teve a vantagem de ser indolor. “Fiz o clareamento tradicional há quatro anos e senti dores por causa do molde”, afirma. Recentemente, ela se submeteu ao laser. “Meus dentes estão branquinhos. O tratamento é caro, paguei R$ 1,2 mil, mas valeu a pena.” De acordo com Brugnera, a técnica convencional varia entre R$ 300 e R$ 800.

Um dos responsáveis pelo departamento de laser da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, Brugnera trata de afastar um dos medos que envolvem a técnica: o de desgastar a dentição. “O laser limpa o dente, sem fragilizá-lo. Fazemos medição do nível de minerais para mostrar ao paciente que não se perde cálcio com a aplicação do raio”, explica. É uma maneira de garantir que o sorriso continuará inabalável.

Um assistente hi-tech
Leopoldo Silva
Krebs: “O robô faz próteses em dez minutos”

Quem já necessitou de um implante ou uma prótese sabe como é incômodo morder massinhas para fazer moldes. Em Brasília, há uma alternativa para diminuir o desconforto dos pacientes e agilizar tratamentos. Trata-se de um robô, de pouco mais de um metro de altura, capaz de fazer uma prótese em menos de dez minutos. Esse equipamento vem sendo usado no consultório hi-tech de Luciano Krebs, um especialista em implantes dentais. O robô é ágil. Ele aciona um braço mecânico para filmar a boca da pessoa e tirar as medidas da área a ser trabalhada. Em seguida, é feito um molde virtual, arquivado em sua memória. No interior da máquina, um bloco de porcelana é desgastado com fortes jatos de água até atingir o tamanho ideal. Ao ficar pronto, um compartimento do robô se abre e entrega o bloco ao dentista, que só precisa colar a prótese.
Isabela Abdala