Inteligência e bom humor caminhavam juntos no historiador Sergio Buarque de Holanda. Sergio adorava criar histórias e nisso era seguido pelo amigo poeta Vinicius de Moraes. Uma delas: eles teriam combinado que aquele que mor- resse antes reapareceria para “contar como é o lado de lá”. Vinicius jurava que Sergio lhe “apareceu” mas fez um sacana sinal de não com um dos dedos e sumiu. Por essa e por outras, ninguém sabe se é real ou inven- ção o filho que Sergio dizia que tivera na Alemanha. É nesse meio-irmão alemão (Sergio Georg Ernst) que Chico Buarque de Holanda baseia o seu novo livro, a ficção “O Irmão Alemão” (Companhia das Letras), que começou a chegar às livrarias – e promete o mesmo sucesso das obras anteriores “Budapeste” e “Leite Derrama- do”, já traduzidas em quase todo o mundo.