Na quarta-feira 12 bem que o cometa P67 fez o que pôde para que o módulo Philae, que viajou dez anos no espaço acoplado à sonda Rosetta, da ESA (Agência Espacial Europeia), não pousasse em seu chão: eram 13h33 quando houve o primeiro toque e a primeira rejeição, 15h26 foi o momento do segundo rebote, até que finalmente às 15h33 o cometa se rendeu. Um pouco desajeitado e com um de seus pés-arpão sobrando, o Philae acomodou-
se no P67. “A ancoragem é importante, mas para alguns instrumentos
o que conta é a altura em relação ao solo”, disse o engenheiro brasileiro
 Lucas Fonseca que trabalhou por três anos no Philae. Desde que o homem pisou a Lua essa
 é a mais importante conquista espacial, e desse cometa podem vir
as primeiras informações sobre a “sopa
cósmica” que talvez tenha originado a vida. Em 24 horas, já se descobriu que o P67 “canta”: cometas
 produzem som por ondas magnéticas, não pelas sonoras.