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A auditoria PriceWaterHouseCoopers não vai assinar as informações trimestrais do balanço da Petrobras, que deveriam ser entregues até esta sexta-feira, 14. A decisão dos auditores é a de esperar a conclusão das investigações que a própria Petrobrás está realizando sobre as denúncias feitas pelo ex-diretor da companhia, Paulo Roberto da Costa, no acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

Em 17 de março, com 400 policiais federais em seis Estados e no Distrito Federal, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de desvios e lavagem de dinheiro da ordem de R$ 10 bilhões. Ao menos 24 pessoas foram presas, entre elas um condenado do mensalão e o doleiro Alberto Youssef, envolvido no caso Banestado. Dinheiro em espécie, joias e carros de luxo foram apreendidos.

Também citado na Operação Lava Jato, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, pediu licença do cargo no último dia 3. Afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Machado estava à frente da subsidiária de logística da Petrobrás há 11 anos e sofria forte pressão para deixar a estatal.

Sua saída teria sido uma das condições impostas pela PriceWaterhouseCoopers para auditar o balanço da Petrobras.