Sem contar os eternos persas, por um bom tempo, os tapetes de sisal, simples e pálidos tomaram conta da decoração. Aos poucos, eles tiveram as bordas pintadas, depois arrematadas com couro, entre outras versões. Mas o sisal tem algumas inconveniências. Para quem gosta de sentar no chão, eles não são lá muito confortáveis. Também são difíceis de limpar e muitas vezes apodrecem com facilidade. Por essas e outras, o sisal caiu do pódio. Agora o que vale são tapetes macios, diferentes e criativos.

Tanto é que as peças criadas pela designer Christiana Oterloo, da Companhia dos Tapetes Ocidentais, em São Paulo, estão fazendo sucesso. Ela cria tapetes de plástico, de alta resistência. Podem ser texturizados, coloridos ou transparentes. Ela decora com fuxicos, serragem, penas, plástico bolha, fotos, cartões-postais e tudo o que a imaginação mandar. “Eles são superfortes e fáceis de lavar”, explica Christiana. “Não acumulam poeira ou mofo.” Por serem de plástico, tem-se a impressão de que esses tapetes só ficam bem no banheiro ou na cozinha. Mas, justamente pelo inusitado, combinam com vários ambientes. “Servem até como divisória”, aponta Christiana.

Fotos: Alex Soletto
Sanduíche: Christiana criou peças em plástico com vários enchimentos
(R$ 280 o m2)

Vavi Konigsberger, proprietária da loja Tapetes Ocidentais, assina embaixo. Conhecida há 14 anos por lançar tapetes assinados por artistas plásticos de renome, Vavi aposta agora em seu próprio talento. Ela está fazendo peças em couro e camurça, tingidos com anilina importada. “O diferencial fica por conta das tiras de couro costuradas pelo direito e pelo avesso”, explica Vavi. O resultado é um elegante jogo de cores que vai do branco ao marrom, com 120 tonalidades, sempre puxando para o pastel. Além desses, a loja ainda oferece tapetes artesanais feitos com pequenos retalhos coloridos e costurados um a um pelas artesãs de uma comunidade carente da zona sul. O interessante é que esses tapetes também ficam bonitos pendurados na parede.

A criatividade na criação de tapetes é tanta que existem até aqueles feitos de papel. A descoberta é de Claudia Saegger, proprietária da loja Agavee, também em São Paulo. “Trata-se de uma fibra longa e impermeável”, explica ela. “Não desfia e o tingimento não desbota”. Além disso, os tapetes de papel não arranham os pés. Portanto, são ideais para quem gostar de deitar e rolar.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias