As inscrições para a 2ª edição do prêmio já estão abertas. Saiba como participar: https://www.empresasmaisconscientes.com.br/

O capitalismo do século XXI está em transformação. Para muitas empresas, a velha máxima que moveu o mundo corporativo nos últimos anos – o lucro a qualquer preço – não se sustenta mais. Além da saúde financeira, é preciso promover a felicidade dos empregados, ser transparente nas ações, atuar em conjunto com as comunidades, preservar o meio ambiente e, assim, provocar impactos positivos em toda a sociedade. Os líderes empresariais que balizam suas ações a partir desses conceitos impulsionam um novo modelo de desenvolvimento, que passou a ser chamado de capitalismo consciente. Atenta às mudanças em prol de um planeta melhor, ISTOÉ realizou na quinta-feira 23 a entrega da primeira edição do Prêmio As Empresas Mais Conscientes do Brasil. O evento, pioneiro no País, contou com a participação de mais de 300 empresários e trouxe uma inovação: não foram celebradas apenas as companhias grandes, mas também as médias e pequenas. “A Editora Três tem orgulho de ser a primeira dentro de um grande grupo de comunicação a ter jogado luz sobre as questões sustentáveis”, afirma Caco Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três. “As práticas do capitalismo consciente estão se tornando relevantes no mundo e começam a ganhar força também no Brasil.”

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A CAMPEÃ
Fernando Fernandez (à esq.), presidente da Unilever, recebe o prêmio
de Caco Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três

O Prêmio ISTOÉ As Empresas Mais Conscientes do Brasil foi elaborado em parceria com a consultoria Report Sustentabilidade e baseado numa metodologia americana que foi trazida ao Brasil pela organização Sistema B. A anglo-holandesa Unilever, uma das maiores companhias de bens de consumo do mundo, foi o grande destaque da premiação. Campeã geral, a Unilever se tornou nos últimos anos referência em sustentabilidade. Seu destino começou a mudar em 2010, quando Paul Polman, o presidente global, lançou um desafio: dobrar de tamanho até 2020 e, ao mesmo tempo, reduzir os danos causados ao meio ambiente pela ação direta de suas fábricas. A Unilever fez mais. Além de adotar ações ambientais inovadoras (seu programa “Aterro Zero” eliminou o envio de resíduos para aterros sanitários), a empresa investiu milhões em programas sociais, cortou produtos que fazem mal à saúde dos consumidores e cativou 13 mil funcionários com programas de desenvolvimento únicos no mercado. “O capitalismo consciente ganhará protagonismo no mundo dos negócios nos próximos anos”, afirma Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil.

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A mesma consciência foi observada nas ações da construtora goiana NewInc, vencedora entre as médias empresas. Em seus canteiros de obras são instaladas pequenas fábricas de reciclagem. Nelas, o entulho é moído, triturado e peneirado. A areia resultante desse processo é reutilizada na produção de blocos de concreto e bloquetes para piso – materiais essenciais nas construções. O projeto inovador não só barateia o custo da obra como evita o descarte de resíduos na natureza. “Esse tipo de prêmio nos motiva a continuar inovando”, diz Cláudio de Carvalho, presidente da NewInc. Entre as pequenas, a campeã foi a paulistana Feitiços Aromáticos, especializada na produção de cosméticos e aromatizantes. Instalada em Itaquera, bairro da periferia de São Paulo, a empresa contrata preferencialmente profissionais que moram perto de sua sede e, desde a fundação, se recusa a usar matérias-primas que fazem mal à saúde. “Minha empresa é pequena, mas todos nela pensam grande”, diz Raquel Cruz, fundadora da Feitiços.

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Fotos: Rafael Hupsel; FELIPE GABRIEL