Diante de Gisele Bündchen, muitas modelos, também exuberantes, ficaram ofuscadas nos últimos momentos do São Paulo Fashion Week. Com exceção da lindíssima Ana Hickman (à dir.), que provocava suspiros toda vez que pisava na passarela. Ana merece. Mas, uma vez Gisele, sempre Gisele. Mais do que uma top model, la Bündchen é uma deusa. Ela apareceu na noite de biquínis, desfilou três modelinhos, embolsou US$ 80 mil e esnobou os jornalistas, fãs e curiosos em geral.

Todos queriam ver Gisele de perto e quem viu não se arrependeu. “Ela é linda demais!”, dizia a platéia em coro. A ansiedade para ver a loiraça era tanta que muita gente confundiu a morena Michelle Alves (à esq.) com a diva. Achavam que o visual da gaúcha tinha mudado. Mas Michelle, muito parecida, conseguiu 15 minutos de fama e deixou os marmanjos decepcionados com o engano.

Apagão social
Conhecida por levantar bandeiras sociais como a da prevenção do câncer de mama e a defesa da ecologia, a São Paulo Fashion Week foi atingida em cheio por um apagão. Sentindo-se preteridos pelo evento, 17 modelos negros exibiram faixas de protesto e distribuíram panfletos. Nos sete dias de desfile, havia pouco mais de meia dúzia de modelos negros. “Temos 250 profissionais e nenhum foi chamado sequer para testes”, esbravejou o jornalista Joni Anderson, sócio da agência Noir (preto, em francês). “Não é porque as modelos belgas estão em alta que as nossas vão ficar seis meses sem trabalho, esperando a nova onda”, explicou. O apagão fashion recebeu destaque até na CNN.