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Passada a eleição, o Congresso terá de correr contra o tempo para votar a Lei das Diretrizes Orçamentárias de 2015. Segundo a Constituição, a LDO deveria ter sido aprovada até 17 de julho, mas o prazo foi descumprido em função da Copa do Mundo e das campanhas políticas. O Palácio do Planalto resiste a apoiar o orçamento impositivo, que obriga o pagamento de emendas parlamentares, para assegurar verbas a serem aplicadas no PAC. Sem votar a LDO, não se pode aprovar o orçamento do ano que vem.

Tensão pré-emenda

Se o Planalto insistir em vetar o orçamento impositivo, a relação com o Legislativo ficará mais complicada neste final de ano. “Hoje há uma certa tensão no Congresso, pois da maneira como o governo está conduzindo essa questão, os parlamentares não terão as emendas executadas”, diz o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), relator da LDO de 2014.

Ameaças petistas

Eleitores informaram à campanha de Aécio que sorteados pelo Minha Casa Minha Vida receberam telefonemas com o aviso de que os imóveis só seriam entregues se Dilma fosse reeleita. Em alguns bancos, petistas diziam que os saques do Bolsa Família poderiam ser os últimos.

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O plano B de Sarney

Depois da derrota de seu candidato no Maranhão, Lobão Filho (PMDB), o senador José Sarney se transferiu para o Amapá, onde tem domicílio eleitoral, para ajudar na campanha de Waldez Góes (PDT) para o governo. Desde então, Góes subiu 23 pontos nas pesquisas eleitorais.

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Queda de pressão I

A queda de pressão de Dilma Rousseff no debate do SBT não foi a primeira nesta campanha. No início do mês, ela teve uma crise em Maceió, mas desistiu de se consultar na Santa Casa de Misericórdia ao saber que médicos a esperavam vestidos com camisetas de Aécio Neves.

Queda de pressão II

O diretor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes, divulgou carta com um pedido de desculpas pelo clima hostil montado contra a presidenta no hospital alagoano. No texto, Gomes anunciou que faria uma investigação para descobrir quem foram os responsáveis pela manifestação.

Democracia tem preço

Só no primeiro turno, as eleições deste ano tiveram um custo aproximado de R$ 700 milhões. Este é o montante gasto a mais pela Justiça Eleitoral em relação a 2013. No ano passado, no mesmo período, o TSE e os TREs gastaram R$ 3,1 milhões com folha de pagamento, diárias e material. Em 2014, a execução orçamentária chegou a R$ 3,8 milhões.

Corajosa

Na segunda-feira 20, sempre com a mesma blusa, Dilma participou de dois eventos no Rio de Janeiro. No fim do dia, depois de uma entrevista em São Paulo, uma jovem da campanha sugeriu que ela vestisse outra roupa. O staff ficou com medo da reação, mas Dilma agradeceu e renovou o visual.


Sérgio Moro na lista do STF

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) indicou três nomes para o lugar de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Entre eles, o juiz federal, Sérgio Moro, algoz dos políticos alvos da delação de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff. A presidente Dilma Rousseff deixou a decisão para depois das eleições. E, obviamente, o nome do indicado dependerá diretamente dos resultados das urnas. Passada a corrida ao Planalto, recomeçará a campanha de juristas ao Supremo. A Ajufe acredita que Moro só terá chances se a decisão ficar para Aécio Neves, caso seja eleito presidente.

Henrique multimídia

A Câmara gastou R$ 1,3 milhão em equipamento de televisão para um projeto que interliga o conteúdo de mídias produzido no Congresso, nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais das capitais. O piloto da ambiciosa iniciativa foi montado em Natal, terra do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que disputou o segundo turno com Robinson Faria (PSD).

Toma lá dá cá

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Senador João Capiberibe (PSB-AP), autor da PEC que cria teto para despesas das Assembleias Legislativas

ISTOÉ – O Legislativo está ficando muito caro?
Capiberibe –
O montante do dinheiro pago para manutenção do Congresso, assembléias e câmaras municipais de cidades com mais de 500 mil habitantes foi de R$ 20 bilhões, em 2013.

ISTOÉ – Por que o sr. propõe um teto?
Capiberibe –
Entre 2010 e 2013, os gastos das assembléias saltaram de R$ 9,3 bilhões para R$ 12,6 bilhões. As despesas devem crescer, no máximo, no ritmo da inflação. O meu projeto tem o IPCA como referência.

ISTOÉ – Esse alto custo prejudica as contas estaduais?
Capiberibe –
As assembleias consomem 4% da receita líquida dos Estados. A má utilização dos recursos ocorre em todas as assembleias do País.

Rápidas

* O ex-presidente Lula aconselhava os auxiliares a escolher um tema para deixar como marca da gestão. Os que ouviram se deram bem. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, escolheu o combate à anemia ferropriva, nome da insuficiência de glóbulos vermelhos.

* A campanha de Chioro terá conexão com programas de segurança alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social. Embora os brasileiros tenham mais acesso a alimentos, a qualidade da comida nem sempre é boa, o que afeta a saúde de milhares de crianças.


* A iniciativa tomada pela Justiça Eleitoral em Roraima de proibir saques bancários acima de R$ 10 mil na semana anterior às eleições pode ser aplicada em outros Estados no futuro. O objetivo é dificultar a compra de votos – pelo menos em dinheiro vivo.

* Durante a Copa do Mundo, principalmente nas redes sociais, a organização dos jogos parecia ser o assunto mais importante do ano eleitoral. Durante a campanha, o assunto foi praticamente esquecido tanto pelo governo quanto pela oposição. Vai entender.

Retrato falado

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Testemunha do inquérito da Lava Jato, o empresário Magnus Hermes alerta para a manipulação da delação premiada. Ele critica as acusações contra políticos tucanos feitas por Leonardo Meirelles, do Labogen, o laboratório de fachada que conseguiu contrato milionário com o Ministério da Saúde. Segundo Hermes, o grupo comandado por José Janene, falecido, e pelo doleiro Alberto Youssef não tinha afinidade com o PSDB do Paraná, como disse Meirelles.

Decisão em causa própria

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Integrantes do Conselho de Ética da Câmara afirmam que a punição ao deputado Luiz Argollo (SD-BA) pelo envolvimento com o doleiro Alberto Youssef pode ser uma mera suspensão. Com a tensão instaurada em torno da lista de políticos citados na delação premiada do doleiro e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ninguém quer abrir um precedente de cassação temendo se tornar o próximo alvo.

Cotas para todos

Parlamentares eleitos do PT defendem a instituição, em uma eventual reforma política, de cotas para candidaturas de mulheres e etnias específicas, como índios. Hoje, a lei obriga os partidos a registrar um número mínimo de candidatas, mas a regra nem sempre é cumprida.


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