As inscrições para a 2ª edição do prêmio já estão abertas. Saiba como participar: https://www.empresasmaisconscientes.com.br/

A maior parte das pessoas não sabe, mas o óleo de cozinha é um dos principais vilões da natureza. Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente, um litro residual do produto é suficiente para contaminar 12 mil litros d’água. Todos os anos, 50 milhões de residências e estabelecimentos comerciais descartam inadequadamente, no Brasil, 1,5 bilhão de litros de óleo. Para reduzir esse volume, além de campanhas de conscientização, a tecnologia pode ser uma forte aliada – e é nesse aspecto que a gaúcha Biotechnos se destaca. Por meio de pequenas usinas, também chamadas de arranjos locais, a empresa oferece a cooperativas, empresários, agricultores e fazendeiros um sistema capaz de transformar óleo residual em biocombustível. “Percebi que o mercado precisava de um produto que trouxesse benefícios ambientais”, diz a presidente Márcia Werle.

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INOVAÇÃO
Márcia, presidente da empresa: "Percebi que o mercado
precisava de um produto que trouxesse benefícios ambientais"

Márcia fundou a Biotechnos em 2007, depois de participar de uma feira de tecnologia em Hannover, na Alemanha. “Começamos conscientizando comunidades e escolas sobre como armazenar corretamente o óleo de cozinha”, diz a empresária. “Em seguida, desenvolvemos máquinas para ajudar na coleta e passamos a vender as pequenas usinas para cidades vizinhas.” Hoje, são 19 plantas de tecnologia que transformam óleo e gordura em biodiesel, e a previsão é que mais 18 sejam negociadas no ano que vem. Em breve, os equipamentos serão exportados para Argentina, Chile e Nova Zelândia. Apesar de fundamental, a tecnologia não é a única ferramenta necessária para desencadear uma transformação. Com a assessoria da Biotechnos, foram realizadas parcerias com escolas para que as crianças conhecessem todo o processo de produção do biodiesel.

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A inovação tecnológica trouxe resultados financeiros consistentes. A Biotechnos fatura R$ 2,7 milhões e cresce a uma taxa média de 30% ao ano – uma enormidade em qualquer setor da economia. Segundo a empresa, isso se deve ao aumento do interesse do mercado na produção da energia limpa. “As companhias passaram a reconhecer a necessidade de aliar a questão econômica à ambiental”, diz Márcia. A inovação é contínua. Atualmente, a Biotechnos se dedica ao desenvolvimento de máquinas para extrair o babaçu e transformá-lo em energia limpa. “Estou contribuindo para que minhas filhas e todos os jovens tenham um futuro melhor”, diz Márcia.

Foto: Marcio Wascholz