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Fabiano Muraca segura foto da irmã Fernanda, que morreu no desastre ocorrido em Ilha Grande na madrugada do dia 1º

"A maioria era amigo de infância. Muitos se conheciam há mais de 20 anos. Cresci junto com o Flávio, o Luiz, o Marcinho, o Adalto… Só não fui junto nessa viagem porque meu filho Luca nasceu há pouco tempo, em 15 de novembro. Em 19 de dezembro fizemos nossa confraternização de final de ano em um sítio. Minha irmã morou na Austrália. Já há muito tempo nem viajava com essa turma. Ela voltou há um ano. A Fe sempre foi alegre, extrovertida. Não tem nenhuma foto em que ela não esteja sorrindo. Se você está triste, ela te faz dar risada. Um coração enorme, boa pessoa. Excelente profissional. Era gerente de vendas de uma multinacional em Guarulhos. Somos só nós dois de irmão. A gente sempre se deu bem. Era atenciosa com todos. Recebi a notícia de um amigo meu. Ele disse que meu cunhado, o Luiz, que sobreviveu, tinha ligado para a mãe e contado. Por volta das 11 horas da manhã a gente já sabia exatamente o que estava acontecendo. Sem ver, a sensação é de que ela pode estar bem. Tenho esperança. Já sei que acharam dois corpos hoje, mas não confirmaram nada ainda. Para Deus tudo é possível. Na minha esperança ela nadou para alguma ilha, está agarrada num tronco, não sei. Meus pais estão no IML em Angra. Agora a gente se pergunta como será a próxima virada de ano."

(Minutos depois, Janete, a mãe de Fabiano, ligou confirmando que era o corpo de Fernanda).