Apaixonado pelas cores terrosas dos pigmentos e minérios encontrados na região de Minas Gerais, o gaúcho Carlos Vergara, 59 anos, 35 de carreira, há quase uma década vem desenvolvendo uma série bastante original. Para chegar aos trabalhos de grandes dimensões, formados por manchas em tons de ocre e amarelo, ele primeiro trabalha a tela como se fosse uma monotipia, imprimindo o pigmento diretamente na superfície. Só depois interfere no material, deixando a tela com cores e marcas abstratas bem peculiares. Com paciência, Vergara faz nascer das áreas coloridas sucessivas impressões, criando uma crosta que metaforicamente pode remeter à ferrugem deixada pelo tempo. (Ivan Cláudio)
Vale a pena