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Charles Dickens dizia que “David Copperfield” era seu filho favorito. Publicado originalmente em episódios entre 1849 e 1850, as narrativas de pendor autobiográfico (nunca inteiramente admitido) fizeram menos sucesso de vendas do que romances que vieram depois, mas nenhum outro é tão citado por seus grandes pares: Dostoiévski contou ter se deleitado em sua prisão da Sibéria com as primeiras páginas; Henry James confessou que se escondia na infância para ouvir a mãe lendo a novela; “Amerika”, o último de Kafka, nasceu para ser uma paráfrase do romance inglês. Na nova tradução que chega ao País pela Cosac Naify, os editores cuidaram de juntar uma pequena fortuna crítica. Nela, um texto em que Virginia Woolf, que não tinha nenhum afeto por Dickens – muito pelo contrário –, admite a genialidade do conterrâneo. “É quase demais o que seu olhar capta (…) ele tem o poder extremo da visualização”, escreveu a autora.

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