08/11/2006 - 10:00
Na paixão de uma vida marcada pela rebeldia, como a retratada em Cazuza – o tempo não pára (de Sandra Werneck e Walter Carvalho), à humanidade que resiste até nas condições mais abjetas de sobrevivência, tal qual a mostrada em Carandiru (de Hector Babenco), a produção recente do cinema brasileiro tem sido marcada pela riqueza temática. E é justamente essa multiplicidade de assuntos e abordagens que salta ao olhos, como numa tela panorâmica, no novo pacote de DVDs da Coleção ISTOÉ – o melhor do cinema brasileiro. Os filmes que compõem a coleção começarão a ser vendidos, semanalmente, a partir da próxima edição de ISTOÉ. Na compra da promoção, por R$ 17,90, além do DVD o leitor receberá um desconto sobre o preço de capa de ISTOÉ e uma revista especial sobre o filme.
Para abrir a coleção, iniciada em 1997 e que agora chega à sua quarta fase, foi escolhido Carandiru, um dos maiores sucessos do cinema brasileiro com mais de cinco milhões de espectadores. Baseado no best seller do oncologista Dráuzio Varella, Carandiru não é o único título da coleção feito a partir de obras literárias e jornalísticas. Também Olga (de Jayme Monjardim) está na lista dos dez filmes selecionados, transposição para as telas da biografia escrita por Fernando Morais sobre a militante comunista Olga Benário – ela era judia e foi entregue aos nazistas pelo governo de Getúlio Vargas. Outro filme adaptado de um best seller é Benjamim (de Monique Gardenberg), extraído do romance homônimo de Chico Buarque. Já Domésticas (de Fernando Meirelles) nasceu de uma peça de Renata Melo.
A adaptação cinematográfica de obras literárias é uma tradição do cinema brasileiro, mas também deve-se levar em conta que argumentos originais deram origem a excelentes trabalhos. Servem de exemplo O homem que copiava (de Jorge Furtado) e Eu, tu, eles (de Andrucha Waddington). Curador da coleção, o produtor e cineasta Aníbal Massaini Neto enfatiza na Coleção ISTOÉ esse equilíbrio entre tendências, gêneros e olhares. “Trata-se de um conjunto expressivo da nova produção”, diz Massaini Neto. “Escolhemos três recordistas de público , que são Carandiru, Cazuza e Olga, mas também títulos marcados por grandes interpretações, como O outro lado da rua (de Marcos Bernstein), estrelado por Fernanda Montenegro.”
No gênero histórico, o eleito foi Mauá – o imperador e o rei (de Sérgio Rezende). Como acontece em todas as grandes e completas coleções, as crianças não foram esquecidas: nas férias de janeiro sairá Tainá 2 – a aventura continua. “Qualidade do filme e sucesso de público nortearam a montagem da Coleção ISTOÉ”, diz o diretor de Operações da Editora Três, Gregório França.
