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A GRANEL
A chef Carole Crema abrasileirou s sabores dos cupcakes

Demorou para eles caírem no gosto do brasileiro, mas finalmente os cupcakes, bolos em miniatura com coberturas decoradas, tradicionais nos Estados Unidos e na Inglaterra, estão fazendo sucesso no Brasil. Em menos de dois anos, eles ganharam vários endereços nas principais capitais, seguindo praticamente a mesma receita: coberturas mais leves e saborosas do que as tradicionais e aposta em ingredientes familiares ao paladar nacional, como a goiabada e o maracujá. “Não usamos buttercream nem pasta americana. Elas são lindas para doces em eventos, com bichinhos decorativos, mas não são tão gostosas”, diz Daniel Aguiar, um dos sócios da Cupcakeria, em São Paulo.

O buttercream, creme batido a base de açúcar e manteiga, e a pasta americana, de gelatina, gordura vegetal hidrogenada e açúcar, são eficientes para modelar a decoração em confeitaria, mas perdem em sabor para cremes como as ganaches e os marshmallows aromatizados.

“Trouxemos o doce para um paladar mais brasileiro, como o Romeu e Julieta, de goiabada cremosa e cobertura de cream cheese”, afirma.
Na La Vie em Douce, em São Paulo, a chef Carole Crema passou a oferecer a guloseima no meio do ano passado. “O sucesso dos meus cupcakes é a releitura. A massa é mais rica, saborosa. Incluímos ingredientes como baunilha natural, acrescentamos mais manteiga
para a massa ficar mais úmida”, diz Carole. Os bolinhos surgiram no século XIX, nos Estados Unidos. Reza a lenda que nasceram das sobras de uma massa de bolo, feita na porção de uma xícara de chá – daí o cup.

A massa básica é simples: ovos, farinha, manteiga e açúcar. A graça são as dezenas de coberturas possíveis. A Che Peccato começou com os cupcakes tradicionais. “Mas vamos colocar outros sabores mais brasileiros”, diz Cláudia Capuzzo, ex-publicitária que mudou de carreira para trabalhar apenas com os docinhos. Com tantas possibilidades, há sabores para todos os gostos.

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