Cerca de 2,5 mil policiais militares e civis de São Paulo foram na quarta-feira 20 à Praça da Sé num ato ecumênico para reivindicar uma reposição salarial de 41,04%. É a primeira vez que as duas polícias se unem em São Paulo num objetivo comum. O ato, que teve o apoio da Força Sindical e da OAB, tentou chamar a atenção do governo para a situação da segurança pública – um soldado da PM recebe R$ 700 por mês. “O governo diz que não tem dinheiro. Mas como convencer os policiais disso se a frota de viaturas ganhou carros que custam até R$ 100 mil?”, pergunta o coronel Pedro Rezende de Oliveira Mello (foto), diretor de assuntos institucionais da Associação dos Oficiais da PM. Manifestações e greves como ocorreram em Tocantins estão descartadas. “Somos contra qualquer atitude fora da lei, por isso decidimos pelo ato religioso”, diz o coronel.