De saída, os pesquisadores da Universidade do Novo México, nos EUA, advertem que a tese que lançaram pela revista New Scientist não absolve estupradores. Mas restringindo-se ao campo da genética, eles afirmam que o estupro pode ser visto como um “método natural no processo evolutivo” para que os homens espalhem os seus genes – ou seja, toquem instintivamente a espécie para a frente, o que explicaria a presença desse ato em todas as épocas e culturas. Para o biólogo Randi Thornhill, isso explica por que os estupradores escolhem mulheres mais saudáveis. Um dado estatístico: é duas vezes maior a probabilidade de engravidar no estupro do que na relação consensual. Para o pesquisador Jon Gottschall, da Universidade de St. Lawrence, essa tese deve ser vista com reserva, justamente porque não explica “qual é o sucesso evolutivo dos estupradores”. Ele concorda, porém, que o “estupro pode ser mais eficiente em termos reprodutivos”.