Adeus ao charme do antigalã
Vítima de previsíveis trocadilhos em razão de seu sobrenome soar em inglês como a palavra limão, o ator americano Jack Lemmon, que morreu na quarta-feira 27, aos 76 anos, devido a complicações decorrentes de câncer, não tinha nada de azedo. Com seu rosto de homem comum, maleável às mínimas expressões, bastava ele abrir a boca para arrancar gargalhadas. Foi assim em Quanto mais quente melhor (1959), uma das maiores comédias de todos os tempos, dirigida por Billy Wilder, onde Lemmon (à dir. na foto) atuou ao lado de Tony Curtis e Marilyn Monroe. Sob a direção de Wilder, atuou em outra comédia antológica, Se meu apartamento falasse (1960). Nascido
numa família tradicional de Massachusetts, John Usher Lemmon III, atuou em mais de 60 filmes e ganhou dois Oscar ao longo de 47 anos de carreira. Desde o início tentou escapar do rótulo de ator cômico e sonhava interpretar Shakespere. “O público me olha e começa a rir. Ninguém me imagina declamando Hamlet”, disse certa vez. Em 1996, Lemmon realizou o sonho antigo: viveu Marcellus, em Hamlet, de Kenneth Branagh. Em seus últimos anos não escondia a desilusão com o atual cinema americano. “Só há efeitos especiais e violência. Isto é algo que abomino.”

Morreu
o jornalista Evandro Carlos de Andrade. Ele começou a sua carreira aos 18 anos no Correio Radical, no Rio de Janeiro, e passou pelo Jornal do Brasil, O Estado de S.Paulo e O Globo. Há seis anos era diretor-geral da Central Globo de Jornalismo. No Rio de Janeiro, aos 69 anos, de policitemia vera, uma doença no sangue. Na segunda-feira 25.

Tranferido
para a Unidade Semi-Intensiva do Hospital Aliança, em Salvador, o escritor Jorge Amado, 88 anos. Ele estava internado na UTI com uma infecção no fígado e no pulmão, e com problemas respiratórios. Não há previsão de alta. Na quarta-feira 27.

Decidido
pelo STF que o jornalista Antonio Pimenta Neves, assassino confesso da ex-namorada Sandra Gomide, aguardará o seu julgamento em liberdade. Em Brasília, na terça-feira 26.

 

Anulada
pela Corte de Apelações dos EUA a decisão de dividir em duas empresas a Microsoft, de Bill Gates, por violação da lei antitruste. O juiz Thomas Penfield Jackson foi afastado do caso sob acusação de prejudicar a Microsoft. Em Washington, na quinta-feira 28.