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Qualquer que seja o vencedor da eleição presidencial, o próximo titular do Palácio do Planalto vai enfrentar uma onda de paralisações. Pelo menos cinco categorias adiaram greves para não interferir na disputa eleitoral. A lista de insatisfeitos inclui a Polícia Federal. Agentes do órgão estão insatisfeitos com a atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e preparam uma lista de reivindicações, como reposição de perdas salariais e uso de aeronaves para a realização de operações.

Assembleia geral

A temporada de greves esperada para 2015 deve mobilizar também os funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reclamam de sucateamento do órgão, e servidores federais da área de educação. No caso desses últimos, há muitas queixas dos trabalhadores das escolas federais abertas nos últimos anos em todo o País.

Provocação no seringal

A presidenta Dilma Rousseff gosta de provocar Marina Silva. No dia 1º de outubro, o Ministério da Agricultura liberou R$ 20 milhões para cooperativas de extração de borracha. A medida beneficia os seringais do Acre, onde Marina trabalhou e iniciou a militância política.

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O grande sócio do poder

Pelo andar da carruagem, ainda não será em 2018 que o PMDB lançará candidato a presidente da República. Com a perspectiva de eleger pelo menos oito governadores este ano, o partido tende a manter a política de alianças que garante uma fatia do poder em qualquer cenário.

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Estratégia errada I

Integrantes da cúpula da campanha de Marina Silva buscaram explicações para a brusca queda nas pesquisas eleitorais da região Sul. Concluíram que foi um erro ela ter privilegiado o Sudeste e o Nordeste. Com isso, os Estados sulistas ficaram livres para Aécio e Dilma.

Estratégia errada II

Os socialistas também avaliam que, no Paraná, pesou o fato de Marina Silva ter-se recusado a subir no palanque do tucano Beto Richa. No Rio Grande do Sul, as bases do PT são muito sólidas e, no caso de Santa Catarina, a biografia da candidata do PSB é pouco conhecida.

Conta que não fecha

O presidente eleito ainda terá de enfrentar a pressão de 100 mil aprovados em concursos públicos que esperam por nomeação. Para piorar a situação, com a queda na arrecadação federal, os órgãos que devem receber esses novos servidores economizam em itens básicos, como acesso à internet e compra de materiais de consumo.

Disputa

Renan Calheiros acredita que o colega Eunício Oliveira vencerá as eleições no Ceará. Assim, o PMDB ficará sem líder. Vital do Rego (PB) quer o posto, mas Renan articula o nome do aliado Romero Jucá. Para Vital, se Dilma for reeleita, o presidente do Senado tentará uma vaga na Esplanada.


O caixa de Eduardo Jorge

Quando defendeu o nome de Eduardo Jorge para candidato ao Planalto pelo PV, o presidente do partido, José Luiz Penna, recebeu muitas reclamações dos parlamentares verdes. Eles afirmavam que Jorge espantaria financiadores de campanha e que a legenda voltaria ao nicho das siglas de resistência simbólica. Com o sucesso do candidato nas redes sociais, os ânimos se acalmaram. De um momento para outro, as doações ao presidenciável cresceram e o caixa, que registrava apenas R$ 2,4 milhões em arrecadação, deu um salto. Os valores ainda são mantidos em segredo, mas o presidente do PV é só sorriso.

Fiado eleitoral

Encerradas as eleições, João Vaccari Neto terá que se desdobrar para cobrir os rombos deixados por petistas em dezenas de campanhas estaduais. O comando do PT optou por concentrar a maior parte dos recursos para reeleger Dilma Rousseff. Os demais candidatos da legenda foram orientados a gastar fiado com a promessa de quitação das dívidas no primeiro semestre de 2015.

Toma lá dá cá

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Senador Paulo Paim (PT-RS), relator do PLS 122 que criminaliza a homofobia

ISTOÉ – Se a lei que criminaliza a homofobia estivesse em vigor, o que aconteceria com Levy Fidelix, do PRTB, após as declarações contra os gays?
Paim –
Ele seria enquadrado por crime de homofobia e estaria preso, como no caso de racismo. Meu relatório trata tudo como crime de preconceito.

ISTOÉ – Como está a tramitação do projeto?
Paim –
Foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça antes da votação na Comissão de Direitos Humanos. Foi uma manobra para protelar a tramitação.

ISTOÉ – Há chances de ser votado no Senado este ano?
Paim –
O Brasil está atrasado, mas vamos insistir no debate. Em 2015, sem a pressão eleitoral, podemos levar o assunto adiante.

Rápidas

*As pesquisas não oficiais dos partidos para monitorar tendências de seus candidatos foram usadas sem pudor para abastecer as redes sociais. Nesses treckings, as diferenças entre os concorrentes se mostraram muito além de qualquer margem de erro.


*Para burlar as regras que impedem os eleitores de usar camisetas de candidato ou partido na hora de votar, aliados de Aécio Neves convocam os eleitores “anti-PT” para tirar do armário camisas verde-e-amarelas da seleção, esquecidas desde a Copa do Mundo.

*O deputado Romário (PSB-RJ) cobra do Itamaraty a oficialização da posição brasileira sobre o Protocolo de Nagoya, uma espécie de tratado internacional sobre biodiversidade. O Brasil assinou o termo em 2010 e, desde então, não ratificou a posição.

* Quando disputou a presidência contra Tancredo Neves, em 1985, Paulo Maluf foi acusado de comprar votos no colégio eleitoral. Na época, atribuía-se a ele a frase “em eleição, o feio é perder”. Três décadas depois, ele teve a candidatura barrada pela Ficha Limpa.

Retrato falado

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Vereadora do PSB no Recife e prima de Eduardo Campos, Marília Arraes pede votos para a oposição e reclama do culto à memória do ex-governador. Os socialistas atribuem o comportamento de Marília a uma mágoa. Campos não apoiou seu projeto de concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Para piorar a situação de Marília, João Campos, filho de Eduardo Campos, desponta como herdeiro político do pai.

Lobby contra a maconha

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Ex-reitor da UnB, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a sofrer pressões de estudantes. Como relator do projeto de lei que estabelece a regulamentação da venda de maconha, o pedetista ouve reivindicações de jovens contrários e favoráveis à proposta. Um dos lobbies mais fortes para barrar a liberação é feito pela Associação Nacional dos Estudantes Cristãos, que prepara um abaixo-assinado.

Lula e o “Velho Chico”

Em 1994, em campanha para o Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva fez uma caravana de dez dias pelo rio São Francisco e prometeu que, se eleito, não deixaria o “Velho Chico” morrer. Duas décadas depois, o PT passou 12 anos no poder e a nascente mais simbólica do rio secou. 


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