Previdência oficial abriga 12,8 milhões de aposentados e pouco mais de 5,6 milhões de pensionistas. Uma pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) com 4.377 famílias, muito usada por um de nossos conselheiros, Louis Frankenberg, em suas palestras, traça uma radiografia preocupante. Dos brasileiros aposentados com mais de 60 anos, 50% precisam de ajuda familiar ou caridade institucional, 33% desistiram de pendurar as chuteiras e continuam a trabalhar, 15% sobrevivem com muito aperto exclusivamente com o seguro público e apenas 2% – dois em cada 100 sexagenários aposentados – conseguem descansar com certo conforto e tranquilidade após uma vida de dedicação ao País.

Desnecessário apresentar outra justificativa para confirmar a necessidade de bus-
car complementos de renda quando a decisão de cruzar os braços for tomada. O quadro desta reportagem oferece projeções de retorno mensal, a partir dos 60 anos, de aplicações independentes em fundos e de um fundo de previdência privada do tipo VGBL em três momentos da vida do investidor: aos 20, aos 30 e aos 40 anos. Além disso, há um espaço com opções de poupança para obter rendimentos diferentes por um período de 20 anos, outro de aplicações mensais com diferentes taxas de remuneração para reunir o primeiro milhão de real aos 60 anos e um terceiro com exemplos de quanto tempo se vive com determinada quantia aplicada, gastando um valor fixo por mês. Uma dica importante: no campo das aplicações independentes, nove entre dez especialistas apostam que, com juros de retorno entre 17% e 18%, 2005 será mais um ano das aplicações de renda fixa (CDB, DI
e curto prazo). Mais importante do que a opção de conjuntura é, no entanto, a resolução pessoal de se esforçar ao máximo para apostar alguma coisa no futuro. Lá na frente, você terá orgulho de si mesmo..