A encrenca do PMDB
A colunista Denise Camarano, do jornal mineiro Hoje em Dia, seguiu as pistas de uma nota publicada pelo Fax Brasília, dando conta, na edição 1558 de ISTOÉ, de que está de volta o ex-deputado José Geraldo Ribeiro (PMDB-MG), cassado pela CPI do Orçamento. Ele agora é assessor do deputado Fernando Diniz (PMDB-MG). Denise investigou e concluiu: uma única empresa, a Asteca, abocanhou mais de um terço dos R$ 6 milhões empenhados no Orçamento da União para sinalização de estradas em Minas. A empresa é de Antônio Celso Ribeiro, irmão de José Geraldo, e ficou com exatamente R$ 2.529.620. Agora vale juntar as coisas: Fernando Diniz é hoje um dos membros da cúpula do PMDB. Ocorreram na casa do deputado algumas das mais importantes reuniões entre líderes e ministros peemedebistas, como aquela em que Jader Barbalho decidiu peitar ACM na briga pelo PPA. E a verba para sinalização de estradas vem do Ministério dos Transportes, que também está nas mãos do PMDB.

O império contra-ataca
O Palácio do Planalto já está divulgando à boca pequena uma pesquisa do Ibope segundo a qual a impopularidade do presidente Fernando Henrique não chega aos pés dos índices atingidos por Fernando Collor e José Sarney. A onda governista agora é atacar o Vox Populi e a Confederação Nacional de Transportes, que divulgaram a tal pesquisa mostrando FHC no fundo do poço. Seria obra de ligações dos dois órgãos com Fernando Collor.

Aos inimigos, tudo
Na quarta-feira 22, o professor João Carlos Di Gênio, dono do grupo Objetivo e amigo íntimo do presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, assistia tranquilamente à sessão do Congresso sentado nas cadeiras reservadas aos parlamentares. O problema é que o regimento interno do Congresso proíbe que essas cadeiras sejam usadas por não-parlamentares. E ACM, naquela sessão, dizia ao presidente do PMDB, Jader Barbalho, que não abre mão de cumprir as normas desse regimento.

O porto que não aporta
O governador Tasso Jereissati se meteu numa confusão dos diabos por conta de sua principal obra no Ceará. Trata-se do porto de Pecem, que já gastou cerca de R$ 350 milhões. Os navios que levam maquinarias importadas para as obras do porto simplesmente não estão conseguindo atracar. Descobriu-se tardiamente que os ventos na área são infernais. Para solucionar o problema, seria necessário construir uma caríssima baía artificial.

O PSDB pró-Ciro
Líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE) tentava a todo custo convencer o colega Paulo Hartung (ES), que acaba de deixar o partido, a registrar-se no PMDB para não se filiar no PPS de Ciro Gomes. Até aí, tudo bem. Mas agora o líder tucano mudou de idéia. Voltou a Hartung, na quarta-feira 22, e disse que a orientação é para que ele se filie mesmo ao PPS. Em tempo: o governador Mário Covas está marcando um encontro com Ciro para esta semana, no Palácio dos Bandeirantes.

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