Como tradicionalmente faz a cada quatro anos, por ocasião das eleições presidenciais, a revista ISTOÉ abre suas páginas nesta edição para entrevistas com os principais candidatos, na série “Encontro com Editores 2014”. O objetivo é trazer, através das palavras dos próprios postulantes ao cargo, uma ideia mais clara e detalhada de como cada um deles pretende governar nos próximos quatro anos, caso eleito. Por isso mesmo, a rodada de conversas concentra boa parte dos questionamentos sobre o programa de cada um, as propostas e alternativas que eles prometem adotar na gestão dos desafios e problemas nacionais. Acreditamos estar assim contribuindo para um debate construtivo, transparente e plural rumo às reformas de que o País tanto necessita, dentro dos valores democráticos que sempre cultivamos. Pela receptividade que o conteúdo programático dessas reportagens tem tido em eleições passadas, pudemos confirmar nossa expectativa de que o “Encontro com Editores” se transformou numa ferramenta de extrema valia para a tomada de decisão de nossos leitores-eleitores, auxiliando-os a travar um maior conhecimento sobre as plataformas dos aspirantes ao poder. Em 2010, dois dos três candidatos que hoje disputam a preferência do voto já concorriam ao posto: Dilma Rousseff, que saiu vitoriosa na ocasião, e Marina Silva. No lugar do tucano Serra, que participava do embate de 2010, hoje concorre o senador e ex-governador de Minas, Aécio Neves, também do PSDB.

Na entrevista que começa na página 42, Aécio, no momento em terceiro lugar nas pesquisas e o primeiro a ocupar esta tribuna, mostra-se convicto de uma virada na reta final de campanha e assegura que quem for para o segundo turno vence a candidata oficial, Dilma. Na sua ofensiva para garantir uma posição nessa disputa, Aécio explicita um detalhado plano de melhorias sociais e avanços econômicos, no rumo de um desenvolvimento sustentável para os próximos anos. Não hesita em falar de nomes para sua equipe ou de apontar cortes na máquina pública, dentro de uma política de austeridade administrativa. Ao se comparar com as adversárias, diz representar o novo com responsabilidade, contra as velhas estruturas e a falta de consistência dos projetos aventureiros. “Eu sou a mudança segura”, afirma.