Fiscal de Twitter

O Palácio do Planalto escalou três assessores para monitorar perfis de autoridades – ministros e altos secretários nas redes sociais. Em caso de publicação de conteúdo polêmico, ou que afronte legislação eleitoral, esses fiscais devem fazer relatório de urgência para a Secretaria de Relações Institucionais – e a postagem será apagada.

Marina desconfia da Polícia Federal

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Marina Silva (PSB) anda reticente sobre a possibilidade de aceitar escolta da Polícia Federal durante o período de campanha. Os candidatos têm direito a essa proteção. Mas, em 2010, o comitê da então candidata do PV descobriu que agentes da PF de Brasília e da Abin foram enviados ao Acre para apurar informações sobre o marido de Marina, Fábio Vaz de Lima. A segurança do staff de campanha, antes da morte de Eduardo Campos, era feita por policiais militares e civis da confiança do ex-governador.

 

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Aécio em doses

O presidenciável Aécio Neves (PSDB) solicitou ao Tribunal Superior eleitoral (TSE) que suas inserções de 30 segundos sejam divididas ao meio. O marqueteiro Paulo Vasconcellos acredita que “martelar” o eleitor com a imagem e as propostas do candidato ajuda a ganhar votos.

Propaganda negativa

O marqueteiro Fernando Veloso diz que processará o governador Ricardo Coutinho (PSB/PA), candidato à reeleição, por falta de pagamento por serviços prestados. Depois de contratado, Veloso diz que o material que produziu foi descartado.

Contrato polêmico I

O DNIT abriu concorrência para contratação de consultoria para gestão das obras do PAC.
O pacote atinge quase R$ 700 milhões. Em vez de empregar o dinheiro em obras de infraestrutura propriamente ditas, o DNIT preferiu usá-lo para terceirizar função do próprio órgão.

Contrato polêmico II

Entidades do setor de consultoria de infraestrutura recorreram ao TCU, à CGU e ao DNIT para anular a concorrência. O edital, segundo acusações, teria falhas e estaria direcionado para empresas internacionais. O DNIT nega irregularidades.

Rapidez desejada 

Os ministros do STF aprovaram o novo rito de julgamento de políticos. Agora, as decisões são tomadas nas Turmas e, não mais, no plenário.
Em uma única sessão, três inquéritos contra parlamentares foram transformados em ações penais. No modelo anterior, as sentenças levariam anos. Com a mudança, as sessões não são mais transmitidas pela tevê.

Exagerado

O petista Fernando Pimentel, candidato ao governo de Minas, usa o ranking de uma ONG inglesa para se apresentar como o oitavo melhor prefeito do mundo – e primeiro da América Latina – no período em que comandou Belo Horizonte. Os mineiros têm fama
de modestos.

Perdas e danos em Santos

Além do turbilhão político e emocional que envolve o PSB, o partido se vê enrolado em outro grande problema após a morte de Eduardo Campos. As famílias que tiveram imóveis arrasados pela queda do jatinho articulam um mutirão para cobrar indenização por perdas materiais. Como a aeronave era alugada pela legenda, os prejudicados esperam que os socialistas auxiliem na compensação financeira. Os advogados encontraram um obstáculo: o contrato de locação do Cessna PR-AFA teria um seguro com valor muito baixo e, dificilmente, pagaria os prejuízos dos moradores do bairro do Boqueirão, em Santos.

Mistério da mala

Antes de embarcar no fatídico voo para o Guarujá, Eduardo Campos notou que o zíper de sua mala de viagem estava aberto e avisou o coronel da PM pernambucana que fazia sua segurança. Queria saber se alguém havia manuseado a bagagem. Após o acidente, o fato alimentou temores de um atentado contra presidenciável do PSB. Mas a mala foi encontrada intacta pela perícia.

Toma lá dá cá

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Senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte

ISTOÉ – A Comissão de Educação do Senado vai debater nova reforma na língua portuguesa?
Miranda –
Ninguém vai fazer reforma. A comissão convocará audiências para debater o acordo que prevê unificação das línguas lusófonas até 1º de janeiro de 2016.

ISTOÉ – Nas redes sociais, internautas reclamaram que a língua pode sofrer grandes alterações, como a supressão do “ç”. O protesto faz sentido?
Miranda –
Há linguistas que aproveitam o debate para tentar emplacar mudanças. Alguns querem grafar homem com “o”, tirar o “ç”, o “m” antes de “p” e “b”, mas não há consenso para as sugestões.

ISTOÉ – Haverá interlocução entre os países lusófonos durante o debate?
Miranda –
Sim. Mas Portugal e Brasil lideram o grupo.
O que for consensual entre os dois países os outros vão seguir.

Rápidas

*A ONG Contas Abertas é a única organização brasileira, dentre 40 internacionais, convidada para uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o Banco Mundial para falar sobre “transparência fiscal”. O encontro será no início de outubro.

*A ONG Contas Abertas é a única organização brasileira, dentre 40 internacionais, convidada para uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o Banco Mundial para falar sobre “transparência fiscal”. O encontro será no início de outubro.

*Os cerimonialistas do Palácio das Princesas receberam de Renata Campos a orientação de não oferecer privilégios às autoridades no velório do marido. Por essa razão, até mesmo a presidenta Dilma Rousseff precisou ficar de pé, como a população em geral.

*O atendimento à imprensa no Recife deixou boa impressão. Apesar do improviso e da multidão presente no velório, no enterro e na missa de sétimo dia, repórteres e fotógrafos puderam trabalhar sem estresse desnecessário. Um exemplo a ser seguido.

Retrato falado

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A entrada da acriana Marina Silva na corrida presidencial deixa o senador Jorge Viana (PT-AC) em uma situação complicada. O parlamentar e seu irmão – o governador do Acre, Tião Viana – são antigos amigos de Marina. O marido da ex-senadora, Fábio Vaz de Lima, era funcionário do governo de Viana e pediu exoneração depois que a mulher foi alçada à cabeça de chapa do PSB. Aliado de Dilma, Jorge Viana afirma que torce, apenas, por uma briga justa.

Refúgio seletivo

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Neste domingo 24, faz um ano que o senador boliviano Roger Pinto Molina ingressou no Brasil via Corumbá para fugir do regime de Evo Morales. Para evitar desgaste com o vizinho cocaleiro, a presidenta Dilma Rousseff colocou Molina em um limbo jurídico. No Conare, um post-it afixado na capa do processo de asilo revela onde está o problema: “Aguardar pronunciamento
da Casa Civil e da Presidência”.

Investigado  

Impedido de entrar nas próprias empresas sob intervenção, o deputado federal João Lyra (PTB-AL) ganhou mais um grande problema na semana passada. Ele é um dos políticos contra quem o Supremo abriu ação penal. O processo acusa Lyra de manter trabalho escravo e de aliciar trabalhadores.

Fotos: Marcos Oliveira; Pedro França/Agência Senado; Valter Campanato/Agencia Brasil
Colaboraram: Claudio Dantas Sequeira, Izabelle Torres e Josie Jerônimo