Há décadas nas prateleiras de farmácias, o Merthiolate, o Biotônico Fontoura e o Hipoglós foram obrigados a sofrer mudanças para continuar no mercado, atendendo a determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Biotônico, um estimulador de apetite para crianças e adolescentes, teve de abolir os 4,5% de álcool de sua composição. Era quase o mesmo teor alcoólico de uma garrafa grande de cerveja. A Procter & Gamble, dona da marca Hipoglós, retirou da fórmula da pomada o ácido bórico – que, em grandes concentrações, pode causar problemas como queimaduras – antes mesmo de o governo determinar a proibição da venda de produtos à base da substância. O caso mais complicado é o do Merthiolate. O anti-séptico teve a comercialização suspensa pela agência. Sua fórmula contém mercúrio, substância que, em alta dosagem, pode causar danos ao sistema nervoso e a órgãos como o baço. O laboratório Lilly, fabricante do medicamento, ainda estuda quais serão os substitutos do metal.