Cinco séculos separam a viagem que o papa Francisco iniciou à Ásia na quinta-feira 14 daquela empreendida ao mesmo continente por Francisco Xavier em 1555. Um ponto, no entanto, as aproximam. Fundador ao lado de Inácio de Loyola da Ordem dos Jesuítas, São Francisco Xavier partiu de Portugal para o Extremo Oriente com a missão de conquistar novos fiéis ao catolicismo. Não é outro o objetivo do também jesuíta Francisco, e no Vaticano a sua jornada é tida como vital para o crescimento da Igreja. Ele desembarcou na Coreia do Sul para uma temporada de cinco dias, foi acolhido com alegria e honras pela presidenta Park Geun-Hyee, mas o que está em jogo é despertar a   atenção da juventude de uma país no qual, pelo menos dessa vez, ainda não pisará: a China. É lá que os cerca de 12 milhões de católicos são perseguidos pelo governo comunista que rompeu com o Vaticano em 1951. “A China é a nova fronteira da evangelização”, declarou Paolo Affatato, diretor das agências de notícias do Vaticano.