15/08/2014 - 20:00
Histórias de amor com vampiros não costumam falhar. Não fosse aqui o diretor Jim Jarmusch, irônico e provocador a ponto de batizar os protagonistas de “Amantes Eternos” de Adam e Eva (os expulsos do Éden), a mistura toda seria suficiente para agradar: a depressão da vida eterna e o vício em guitarras raras do bebedor de sangue que parece ter sido vestido por Jean-Paul Gaultier (não foi) e sua amante apaixonada e andrógina como uma replicante de “Blade Runner”. Mas é Jarmusch agudo e ferino expondo vícios contemporâneos da sociedade e do cinema, como o design e seus excessos – nas roupas, na mobília, nos instrumentos musicais, que andou agradando aos aficionados. Foi aplaudido nos festivais de Cannes e de Nova York. Um dos mais fartos papeis dados a Tilda Swinton, uma das maiores atrizes do cinema atual.
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