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É bastante precário o estado da caixa-preta do jato que levava Eduardo Campos. Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) confirmaram à ISTOÉ que o equipamento resgatado ontem dos destroços da aeronave está muito avariado, o que dificulta a recuperação das gravações da cabine de voo. “Não há garantias de que a gravação das comunicações tenha sido preservada, devido à gravidade das avarias”, informou o perito, que pediu anonimato.

Segundo ele, o equipamento apresentava parafusos soltos, placas amassadas e carbonizadas. A perícia técnica do Cenipa previa ter uma análise preliminar já no início da tarde, o que não se confirmou justamente pela dificuldade na desmontagem da caixa-preta. No acidente de ontem com o Cessna 560xl, em Santos (SP), morreram sete pessoas, dentre elas o ex-governador e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos.

O jato contava apenas com uma unidade de gravação de voz. Pela legislação aeronáutica brasileira, apenas aeronaves com capacidade para transportar mais de 10 pessoas precisam ter, também, uma unidade de gravação de dados, como ocorre nos aviões de grande porte. Por conta disso, os investigadores não terão à disposição informações importantes para determinar a causa do acidente, como dados de velocidade, altitude e uma série de outros parâmetros técnicos que ficam registrados nesses equipamentos.