Jader, ACM, OAS e a área de energia

Só o futuro dirá se Jader Barbalho (PMDB-PA) tem razão ou não na correspondência sobre ACM que enviou a FHC. O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, se adiantou: enviou carta ao senador peemedebista informando que a OAS não tem nenhum contrato com seu Ministério. Mas não se pode dizer que a empreiteira esteja fora da área energética. Acaba de ser fechado um contrato de R$ 75 milhões para a construção da barragem da hidrelétrica de Candonga, em Minas Gerais. A licitação foi vencida em janeiro pelo consórcio formado por duas empresas. A primeira é a Vale do Rio Doce – privatizada, mas com 28% das ações nas mãos do BNDES e 26% pertencentes ao fundo de pensão do Banco do Brasil. A outra, uma tal de EPP (Energia Elétrica Promoções e Participações Ltda.). O curioso é que o consórcio subcontratou a construtora baiana para fazer a barragem. Para começar, a dona da EPP é a própria OAS. Outra coincidência: o principal diretor da área de concessões da empreiteira do genro de ACM chama-se Bruno Dauster, irmão do presidente da Vale do Rio Doce, Jório Dauster.
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Recado aos correntistas

Diretor de Política Econômica do Banco Central, Sérgio Werlang, que recebe o salário pelo Banco do Brasil, não se conforma com as altas taxas de juros. Muito menos com as tarifas descontadas pelo banco de seu extrato. Furioso, foi ao balcão de sua agência reclamar e, mesmo sem dizer que era diretor do BC, conseguiu diminuir a cobrança à metade.
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Tucano de bico grosso

O ministro José Serra telefonou para o líder do PSDB, Aécio Neves. Disse que nunca sugeriu ao pefelista Inocêncio Oliveira que o apoiaria para presidente da Câmara. Aécio, que é candidato ao posto, jura que acreditou. Mas aproveita para informar ao governo, à oposição e aos aliados do PSDB: “Não há hipótese de eu abrir mão.”
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Encrenca em SP

Luiza Erundina corre sério risco de não obter o apoio do PDT na campanha a prefeita de São Paulo. É que Leonel Brizola já está cobrando uma contrapartida: quer o apoio dos socialistas cariocas. O problema é que o candidato do PSB à Prefeitura do Rio, Alexandre Cardoso, líder do partido na Câmara, não abre mão da candidatura.
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Na telinha

Não andam nada boas as relações entre os filhos de Roberto Marinho e o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Decididos a mudar a imagem da Rede Globo, espalharam na emissora a informação de que podem até romper o contrato com a retransmissora de Alagoas. Em tempo: já entre os políticos de Alagoas, o tititi é que o senador tucano Teotônio Vilela Filho, candidato a governador, anda fazendo plin-plin à toa.
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“Não aceitamos coronéis. Nem de Harvard’’
Do presidente do PPS, Roberto Freire, sobre a insistência de Mangabeira Unger em tornar-se o candidato do partido a prefeito de São Paulo

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Rápidas

* O ministro da Fazenda, Pedro Malan, deve preparar seu humor. Ele está na lista dos conferencistas da Escola Superior de Guerra. Os oficiais querem discutir a dívida externa e os salários dos militares.

* Mais um lance da aproximação entre militares nacionalistas e a esquerda. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB) faz palestra, segunda-feira 22, no Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos.