Os políticos estão preocupados com a deterioração de sua imagem. E os recentes episódios da violação do painel do Senado e da morte prematura da CPI da Corrupção não contribuíram em nada para melhorá-la. Com essa má fama em mente, o deputado tucano Walter Feldman, presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo e nosso entrevistado das páginas vermelhas, idealizou o Índice de Desenvolvimento Parlamentar (IDP). Quando estiver pronto, o trabalho, que será elaborado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), deverá funcionar como um indicador da qualidade do parlamentar. Para Feldman, o IDP será uma ferramenta para ajudar a melhorar e a profissionalizar, no bom sentido, a classe política. Deus o ouça!

Enquanto isso, as últimas semanas forneceram um quadro muito pouco animador em relação aos homens que comandam o País. As tentativas de acordos espúrios para salvar as cabeças dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda, responsáveis pela violação do painel do Senado, só foram inviabilizadas pela crescente indignação popular e atenção da mídia. Se já era difícil, no atual contexto é quase impossível para a sociedade perdoar o governo pelas revoltantes trapalhadas que levaram ao pacote antienergético enfiado goela abaixo na sexta-feira 18. E, mais uma vez, quem pagará pela incompetência dos políticos é a população.

Nesta edição, ISTOÉ apresenta a seus leitores um importante trabalho sobre vocações, coordenado pelo editor especial Eduardo Marini e com a participação das repórteres Marina Caruso, Rita Moraes, Luciana Ackerman e Eduardo Hollanda. Para um dos entrevistados, o pedagogo Silvio Bock – conceituado especialista em orientação vocacional –, no momento da escolha da profissão se esboça um projeto de vida.

Em meio às dificuldades de escolher uma profissão e ao mau exercício de outras, uma boa notícia vem do Ministério da Educação. O ministro Paulo Renato promete a consolidação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como alternativa ao vestibular. A partir de 26 de agosto, mais de um milhão de alunos tentarão conquistar uma vaga em universidades como a Unicamp, a PUC-Rio, a PUC-SP e as federais do Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.