23/05/2001 - 10:00
Depois da temporada de estréia no ano passado, que surpreendeu até os mais incrédulos, O Grupo – coral formado por dez personalidades de áreas diversas e não ligadas à música – volta a se apresentar em São Paulo com fôlego renovado. O show Ainda sem compromisso, que estréia na segunda-feira 21, deve ficar em cartaz até 10 de julho no Passatempo, uma casa simpática do Itaim-Bibi, em São Paulo, sempre às segundas e terças-feiras, às 21h. A trupe de O Grupo praticamente continua a mesma: a escritora Edla van Steen – em cuja casa a idéia canora começou a tomar forma –, a editora Cátia Alzugaray, a licenciada em filosofia Celina Muylaert, a fisioterapeuta Fabiane Alvarez, o pintor Zélio Alves Pinto, o banqueiro Maneco Pires da Costa, o empresário Paulo Francini, o jornalista Roberto Muylaert e o construtor Kurt Rhinow. O conjunto ganhou apenas uma substituição, com a saída da ensaísta Walnice Nogueira Galvão. Em seu lugar entrou a publicitária Gilce Velasco (a empresária Cecília Dale chegou a ensaiar, desistindo no último minuto). Desta vez, a direção musical ficou por conta do trombonista Matias Capovilla, que divide os arranjos com o pianista Antonio Barker.
Eles fazem parte da banda, que também traz José Alexandre Carvalho no baixo, Ubaldo Versolato, revezando-se no saxofone, clarineta e flauta, e James Miller, na bateria e percussão. Cada integrante apresenta três números solos e todos se alternam em duos, trios e quartetos até entoarem juntos a música-tema Sem compromisso, de Nelson Cavaquinho. No espetáculo totalmente remodelado, O Grupo quis caprichar ainda mais, chamando William Pereira para a direção artística e delimitando o repertório à MPB. Edla, por exemplo, escolheu Ouça, Último desejo e a engraçadíssima Eu sou a outra, sucesso de Carmem Costa. Bolinha de papel e Isaura, canções já remodeladas por João Gilberto, entram na voz de Cátia. Fabiane optou por clássicos como Rosa; Rhinow, por Risque, enquanto Francini e Gilce preferiram hits “recentes” do porte de Nossa canção e Quero que vá tudo pro inferno. Mas um dos pontos altos do show é a interpretação de Samba em prelúdio, interpretado por Maneco e Fabiane.
