Na luta por uma pele de aparência mais jovem, um dos aliados mais recentes no Brasil é uma substância que atende pelo curioso nome de pycnogenol. Extraída a partir da casca de pinheiros conhecidos como Pynus pinaster (originários do Sudoeste da França e comuns em regiões litorâneas), ela tem forte propriedade antioxidante, combatendo a ação dos radicais livres. O mais interessante da novidade, entretanto, é que o produto – lançado aqui pelo laboratório Ionquímica no início deste ano como suplemento nutricional em forma de cápsulas – agradou não somente aos que sonham com uma epiderme mais lisa. Também caiu nas graças de quem pratica esportes e quer diminuir a fadiga física. Aos poucos, vem ganhando espaço entre atletas, como os tenistas Jaime e Eduardo Oncins.

O pycnogenol existe desde a década de 70, quando era adotado para tratar de problemas associados à circulação sanguínea. Há cerca de cinco anos, as cápsulas passaram a ser indicadas nos Estados Unidos e na Europa para retardar o processo de envelhecimento da epiderme. “Ele é antioxidante e protege a pele dos estragos provocados pela exposição ao sol”, explica o clínico-geral Efrain Olszewer, diretor do Centro de Medicina Preventiva, em São Paulo, e presidente de honra da Associação Médica Brasileira de Oxidologia. Os benefícios esportivos foram descobertos aproximadamente dois anos depois. Um estudo feito na Califórnia mostrou que a resistência física aumentou significativamente em atletas que consumiram o suplemento de pycnogenol.

Apesar de ser pouco conhecida no Brasil, por aqui também já se fez uma pesquisa envolvendo a substância. O clínico-geral Bruno Molinari, de São Paulo, fez uma pesquisa com 2.885 mulheres, com idades entre 18 e 30 anos: 30% das entrevistadas disseram sentir-se menos cansadas após tomar, durante um ano, duas cápsulas diárias. “Em atletas profissionais, é possível perceber que o extrato aumenta o consumo máximo do oxigênio, melhorando o desempenho”, informa o médico especializado em medicina esportiva. Molinari alerta, no entanto, que não se deve consumir o produto sem orientação médica, embora não tenham sido descobertos efeitos colaterais relevantes.
Outro especialista em medicina esportiva, Osmar de Oliveira, também recomenda o suplemento com cautela. “Ele é ainda muito novo e prefiro aguardar mais pesquisas para saber se o efeito é mais psicológico do que físico”, esclarece. Segundo ele, a substância elimina os radicais livres, que são produzidos em maior escala em atletas. “Ela não aumenta a força, e sim diminui o cansaço”, completa Oliveira. Dessa forma, recupera a resistência física. Foi o que aconteceu com Eduardo Oncins. Assim como Jaime Oncins, o irmão mais famoso, ele virou fã das cápsulas de pycnogenol. “Eu sofria com uma distensão crônica na panturrilha. Com o suplemento, melhorei bastante”, conta Eduardo.