Vida de modelo em começo de carreira nem de longe se parece com o universo glamouroso que se vê nas capas de revistas e anúncios de tevê. Antes de se tornarem figuras conhecidas do grande público, as belas sofrem – e muito. Muitas vezes obrigadas a deixar o aconchego e a segurança da casa dos pais ainda adolescentes para investir na sedutora carreira, elas quase sempre acabam morando em apertados apartamentos divididos com outras modelos, acordam cedo, dormem tarde, engordam, emagrecem e mudam o cabelo se o trabalho exige, além de passar o dia se submetendo a testes e mais testes no afã de se tornarem estrelas de campanhas publicitárias.

No entanto, pouquíssimas alcançam o Olimpo, presidido pela deusa Gisele Bündchen. A mais nova a entrar nesse seleto paraíso é Caroline Bittencourt, a moça que ficou conhecida no mundo todo depois de ser expulsa do casamento de Ronaldo, o Fenômeno, com Daniella Cicarelli. Após o episódio, há quem diga que seu cachê aumentou 900%. Sorte de quem já tinha contratado a moça antes do escândalo, como a empresa Niasi, dona da marca de tinturas para cabelo Biocolor. O contrato assinado com a companhia fixa o cachê de Caroline em R$ 5 mil. E esse valor – muito aquém do oferecido pós-barraco – vale até 2008.

Tão interessante quanto verificar os saltos na conta bancária que uma modelo pode experimentar é deparar com as incríveis transformações no visual pelas quais elas acabam passando, na proporção exata de sua escalada rumo ao topo. Caroline, por exemplo, está quase irreconhecível nas primeiras campanhas que fez para a Niasi. O mesmo fenômeno acontece com a hoje apresentadora Fernanda Lima, a atriz Karina Bacchi e até com Gisele, que lá no começo de sua carreira, em 1997, protagonizou uma campanha do esmalte Risqué, também da Niasi. Sem dúvida, todas estão bem melhores hoje.

Na época das campanhas, porém, ainda na disputa por um lugar nos castings mais badalados, qualquer produção valia. Quanto maior a fama, no entanto, maiores as exigências, é claro. “Nem todas as modelos aceitam mudar a cor ou o corte do cabelo, principalmente quando já alcançaram alguma notoriedade. Por isso tentamos escolher as que já têm as características que procuramos”, explica Márcia César, gerente de produtos da Niasi. Detalhe curioso: a hoje unânime Gisele por pouco não foi rejeitada pela empresa para estampar a publicidade do esmalte. Acharam que ela tinha um nariz grande demais. Vai entender…