Ele sabia se fazer a grande estrela de um jogo de futebol sem precisar da bola – só precisava de seu apito, de seus gestos extravagantes, do dedo em riste e de sua (muitas vezes questionável) competência. Seu nome: Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques. Profissão: árbitro. O auge de seu protagonismo deu-se em 1963, num jogo entre São Paulo e Santos, quando expulsou Pelé de campo porque o “rei” reclamou de sua atuação. Já o erro crasso, que ele próprio admitiu posteriormente, ocorreu 10 anos depois: final do Campeonato Paulista, Santos versus Portuguesa, disputa do título nos pênaltis. Armando Marques errou na contagem do número de cobranças e as encerrou quando estava dois a zero para o Santos – a Portuguesa ainda tinha chances de empatar. Morreu no Rio de Janeiro na quarta-feira 16, aos 84 anos, de insuficiência renal.